Das cinco indústrias fumageiras que participaram das negociações do preço da safra 2014/2015, com as entidades representativas dos produtores, ontem e hoje (3), na sede da Afubra, em Santa Cruz do Sul, apenas a Souza Cruz e a Philipp Morris apresentaram índices de reajuste. A Souza Cruz negociou e ofereceu 6,4% sobre a tabela de preço da safra 2013/2014, assinando o protocolo. Ainda garantiu a criação de um grupo entre a indústria e comissão dos produtores para discutir e criar os novos coeficientes técnicos para o custo de produção. Além disso, será estudada por esta mesma comissão a readequação dos valores praticados entre as classes na tabela de preços. Já a Phillip Morris apresentou 4,6%. As demais empresas – Japan Tobacco International (JTI), Alliance One e Universal ainda vão apresentar propostas.
O vice-presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, considerou a negociação razoável e informou que a decisão de assinar o protocolo com a Souza Cruz será feito na assembleia geral da Federação no dia 10 de dezembro. Até lá, conta Joel, as lideranças dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais ouvirão os produtores para definir a resposta na assembleia. “Ressaltamos a importância da empresa que fala e pratica o que diz, caso da Souza Cruz, que defende a valorização do fumicultor, ao contrário daquelas que sequer apresentaram propostas”, disse.
O dirigente espera que as fumageiras realizem compras nos parâmetros normais de classificação do fumo. “Enquanto isso, vamos aguardar que as demais façam a sua proposta”, enfatizou. A representação dos produtores é formada pelas federações dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag, Fetaesc e Fetaep), da Agricultura (Farsul, Faesc e Faep) e dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, e a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra). FONTE: Assessoria de Comunicação da FETAG-RS - Luiz Fernando Boaz