O primeiro painel do encontro do Coletivo Nacional da Terceira Idade tratou da III Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa e de outros temas trabalhados pelo Conselho Nacional dos Direitos do Idoso (CNDI). O diretor do Departamento de Promoção dos Direitos Humanos e vice-presidente do CNDI, Vilson Augusto, reafirmou o compromisso da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SDH) com o movimento sindical do campo. “É papel do movimento sindical empurrar a gente pra frente”, reforçou. Vilson destacou a questão do cuidador do idoso(a), principalmente, no que se refere à capacitação. No caso do cuidador que é um membro da família, essa pessoa deve ter conhecimentos básicos e, por isso, precisa passar por uma qualificação. Já para o cuidador profissional, o diretor informou que está sendo exigido que o mesmo seja ligado à área de enfermagem. “Também temos que aprofundar o debate sobre as instituições de longa permanência (asilos). O atendimento de boa qualidade é muito caro, ainda não está acessível para a grande maioria”, explica. Já o coordenador-geral dos Direitos do Idoso da SDH, Jéferson de Oliveira Pais Carvalho, e a especialista no CNDI, Maria da Conceição Diniz, fizeram uma exposição sobre a programação, mobilização e expectativas da III Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, a ser realizada de 23 a 25 de novembro desse ano. Jéferson adiantou alguns eixos que serão debatidos no evento, como “pensar políticas públicas mais fortes e que contemplem um olhar mais diferenciado para todos; e o fortalecimento dos conselhos”. Jéferson também reforçou que um dos papéis dos conselhos e da sociedade civil é cobrar do governo. “Para isso, temos que conhecer melhor nossos direitos,” afirmou. Uma das questões mais debatidas durante esse painel foi a reclamação da maioria dos estados quanto à dificuldade das lideranças rurais de conseguir vaga como delegados na Conferência Nacional. Vários membros do coletivo relataram que participaram das etapas estaduais, mas apenas foram eleitas pessoas da cidade. Nesse sentido, o secretário nacional da Terceira Idade da Contag, Natalino Cassaro, reforçou a importância da população idosa rural na conjuntura nacional. “De 21 milhões de pessoas idosas em todo o país, 5,6 milhões estão no meio rural. Somos uma parcela muito grande”, informou. Durante esse painel, foi entregue às lideranças cópias do regimento interno da III Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa. A expectativa do grupo é que o debate seja aprofundado nesses dois dias de encontro. FONTE: Agência Contag de Notícias - Verônica Tozzi