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AMÉRICA LATINA
Emir Sader no Encontro Hemisférico contra TLC
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07 de Maio de 2007

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"Passamos da época de resistência para a de disputa hegemônica"

Por: Leonardo Severo, de Havana

"Há um isolamento da política de Bush, há uma força social de resistência ao neoliberalismo e há forças políticas que têm catalisado estes elementos para romper com o modelo. Passamos da época de resistência para passar à época de disputa hegemônica", afirmou o professor Emir Sader, no VI Encontro Hemisférico de Luta contra os TLCs (Tratados de Livre Comércio) e pela Integração dos Povos, que se realiza no Palácio das Convenções, em Havana, Cuba.

Muito aplaudido, o professor da UFRJ sublinhou o papel destacado da Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba), não apenas de negação da política de submissão aos ditames de Washington, mas para a construção de um caminho soberano para o desenvolvimento das potencialidades de nossos países e povos.

Emir lembrou da reunião dos presidentes dos países que integram a Alba (Bolívia, Cuba, Nicarágua e Venezuela) com os movimentos sociais ? realizada recentemente - e que descortina novas oportunidades de avanço no Continente. "Creio que todos os que lutamos por um novo mundo possível devem estar muito contentes com a abertura deste novo espaço. O mundo hoje está articulado em torno de três grandes monopólios: o das armas, do dinheiro e da palavra. Porque a Alba é importante? Porque a América Latina é importante. Porque aqui se está construindo um espaço de integração regional independente da hegemonia norte-americana e estamos colaborando com um mundo multipolar, contribuindo de alguma maneira para debilitar o monopólio das armas. Mas o que é mais importante: estamos construindo o primeiro espaço alternativo ao livre comércio", declarou.

Segundo Emir, o que preside a Alba são necessidades e possibilidades, "porque cada um dá o que tem e recebe o que necessita", citando "o exemplo da relação de Venezuela e Cuba, que fundou a Alba: é um modelo de comércio justo pelo qual luta o Fórum Social Mundial há tanto tempo". Na avaliação do professor, "a América Latina se converteu no elo mais débil da dominação imperialista no mundo hoje, onde o modelo neoliberal está esgotado".

A Alternativa Bolivariana, destacou, "contribui para romper com o monopólio do dinheiro. Já dissemos e creio que isso é fundamental: há um espaço de comércio justo, de cooperação. Isso é o embrião de outro mundo possível que queremos construir e não é mais um projeto, é a realidade concreta. A Alba é o horizonte mais avançado no processo histórico contemporâneo".

Para Emir, há uma linha divisória na América Latina, onde se joga hoje o destino da Humanidade, "que não é entre a esquerda boa e a esquerda má, como diz a direita que nos quer dividir, mas entre os que firmam o Tratado de Livre Comércio (TLC) e os que privilegiam o processo de integração regional?.

Alertando sobre o "monopólio da palavra", isto é o processo de controle da informação pelos grandes meios de comunicação de massa, o professor lembra que é onde menos se avançou. "Há espaços de articulação de difusão, como a TeleSul, mas a maior parte do Continente sequer consegue ver uma imprensa alternativa. Porém romper com o monopólio da palavra não é só difundir a palavra, é também a elaboração teórica das alternativas, já que não estão construídas".

A unidade e a mobilização das forças políticas e sociais do continente contra as pressões e chantagens do imperialismo, esclareceu Emir, são a chave da vitória: "Não há movimento social por uma parte e governos por outra, estamos no mesmo projeto, o que temos de encontrar são maneiras de complementaridade e trabalho conjunto. O tema central hoje não é manter a autonomia do movimento social como um fim em si mesmo, senão como instrumento de disputa de hegemonia. A autonomia não se opõe à hegemonia, se opõe à independência. A hegemonia se opõe ao corporativismo, a interesses segmentados. Acredito que no tema da Alba, a construção de uma estrutura onde esteja o movimento social é fundamental". Lembrando que ainda não se decidiu sobre a estrutura futura de como será a participação dos movimentos sociais, o sociólogo brasileiro lembrou que "todo começo de um grande projeto pode ser de qualquer maneira, o fundamental é que abra perspectiva de que se conforme algo democrático e consensuado". Emir informou que, para a incorporação dos movimentos sociais, se formou um conselho provisório, transitório, de uma pessoa por país. "Portanto, este conselho não vai decidir nada, vai chegar no seu país e vai consultar os movimentos sociais se querem participar, sob que forma e os que irão... E haverá a reunião dos movimentos sociais prévia à próxima reunião da Alba. Portanto, eles têm todas as possibilidades de dizer como, quando, de que maneira vão participar. O que importa é que não podem estar fora, porque o destino destes governos está ligado aos da América Latina em seu conjunto, é o destino dos povos que está em jogo".

O professor enfatizou que diante do embate colocado, "não há salvação do governo sem salvação do movimento social e não há salvação dos movimentos sociais sem salvação do governo. Então temos um espaço muito importante, com o qual temos que atuar muito fortemente".

Sublinhando uma vez mais o momento ímpar porque passa o Continente, Emir frisou a luta campal que se dá hoje entre o velho e o novo. "O velho são os modelos que se esgotaram, que insistem em sobreviver. E o novo é o difícil parto, doloroso, de um modelo pós-neoliberal. Estamos num horizonte totalmente novo e devemos estar à altura. Movimento social, pensamento crítico, forças culturais para construir uma América Latina pós-neoliberal. Creio que o tema da participação, da atuação dos movimentos sociais, que será discutido na Aliança Social Continental é determinante. Não vai excluir outras iniciativas, mas é uma nova forma de articulação".

Fonte: site da Cut



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