É hora de debater! De propor!! É tempo da 6ª Plenária Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais, que traz como lema: Margaridas trabalhadoras rurais por paridade rumo à igualdade - A luta é todo dia.(8 a 11, Brasília-DF).
É hora de dialogar sobre IGUALDADE e LIBERDADE para as MULHERES Não há justiça sem igualdade e liberdade para as mulheres, assim como não pode haver igualdade e liberdade sem que se faça justiça. É preciso vencer as desigualdades no mundo do trabalho, na vida familiar e na política. Isso implica reconhecer e vencer as diversas faces da desigualdade, que têm no preconceito e na discriminação instrumentos perversos, que atingem de modo diferenciado as mulheres negras, as jovens, as mulheres da terceira idade. Implica, ainda, na superação da divisão sexual do trabalho, na socialização do trabalho doméstico e de cuidados, e em políticas que apoiem as atividades econômicas e a organização produtiva das mulheres. O desenvolvimento sustentável com justiça implica na garantia do direito a uma vida sem violência. Significa o rompimento do silêncio imposto às mulheres e da impunidade, com a criação das condições necessárias para a democratização das informações e o acesso às medidas de proteção às mulheres vítimas de violência. A garantia da igualdade e da liberdade requer autonomia econômica e pessoal das mulheres, o que significa reconhecer que as mulheres são donas da própria vida, que seu corpo não pode ser apropriado e nem tão pouco ser objeto de mercantilização. Liberdade implica em poder decidir sobre o nosso corpo e sexualidade, na busca da extinção de todas as formas de preconceito e discriminação, como as práticas machistas e lesbofóbicas (desprezo e/ou ódio por mulheres que se relacionam com outras mulheres). Percebemos que no contexto político em que vivemos nada disso é possível se a democracia não for respeitada e fortalecida, se nosso poder de decidir os rumos do nosso país, da nossa comunidade, do nosso movimento, do nosso partido e até mesmo da nossa família não for garantido. Queremos ser ouvidas nos espaços da política, da família, do trabalho, e que nossos votos, nossas escolhas nas urnas sejam reconhecidas e garantidas. Para que o desenvolvimento se faça de forma sustentável, com democracia, justiça, autonomia, igualdade e liberdade para as mulheres é preciso vencer as desigualdades econômicas e políticas e garantir a cidadania integral. Significa vencer a pobreza, maior entre as mulheres, e maior ainda entre as mulheres negras e jovens, bem como assegurar a liberdade, a participação, a formação política e o acesso aos bens materiais e simbólicos, assim como às políticas públicas, com respeito às diversas identidades, para a desconstrução de padrões patriarcais e sexistas. Ao mesmo tempo em que ajude a compor a grande riqueza de nosso país, nos desafia a pensar e apoiar a construção de políticas específicas que contribuam para o enfrentamento às desigualdades e diversidades regionais, realizando um desenvolvimento regional que respeite e fortaleça as culturas, tradições, modos de vida em todos os biomas brasileiros. Texto extraído do caderno de pauta entregue para o Governo Federal, na 5ª Marcha das Margaridas. Ouça e baixe o SPOT de chamada da 6ª Plenária AQUI, na VOZ da CONTAG. Mais informações da 6ª Plenária Nacional de Mulheres AQUI FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Barack Fernandes