Hoje, dia 15 de outubro, é celebrado o Dia da Mulher Trabalhadora Rural. Data que propõe a reflexão sobre os grandes desafios colocados às trabalhadoras rurais agricultoras familiares. Também reforça a importância da autonomia econômico das mulheres do campo, da floresta e das águas, que contribuem para reduzir a pobreza, aumentar a segurança alimentar e alcançar a igualdade de gênero.
Segundo a ONU Mulheres, praticamente metade da população de mais de 500 milhões de habitantes da América Latina e Caribe possui representação feminina, sendo elas as responsáveis pela produção de 60% a 80% dos alimentos consumidos na região.
Agricultoras familiares que atuam em todo o processo produtivo e que, historicamente, não têm o devido reconhecimento, seja na família, instituições e sociedade em geral.
São as mulheres trabalhadoras rurais agricultoras familiares que, na maioria dos casos, tomam a iniciativa e estimulam as suas famílias à transição de produções convencionais para o modelo agroecológico. Elas são responsáveis por grande parte da produção e são fundamentais para garantir a conservação e manejo da biodiversidade, com destaque para o resgate e multiplicação da diversidade das sementes crioulas e para a produção de alimentos saudáveis, desde os seus quintais produtivos.
Para a secretária de Mulheres da CONTAG, Mazé Morais, apesar dos grandes desafios, essa data é muito simbólica por reconhecer o trabalho e as conquistas das mulheres trabalhadoras rurais, resultado de muita luta por mais visibilidade e valorização.
“Nós desempenhamos um importante papel na produção de alimentos saudáveis e agroecológicos, na preservação da biodiversidade e para a segurança alimentar e nutricional. E essa data é muito simbólica por reconhecer o trabalho e as conquistas das mulheres agricultoras familiares. Que nós mulheres do campo, da floresta e das águas continuemos a inspirar gerações, realizar os nossos sonhos, alimentar as nossas lutas e fortalecer os nossos propósitos”, destaca Mazé Morais.
Por Malu Souza / Comunicação CONTAG