Por Laura Lopes, especial para a Repórter Brasil
Nos últimos meses, a polêmica sobre aquecimento global ganhou proporções planetárias depois que, em novembro do ano passado, na 12ª Conferência das Partes da Convenção Quadro de Mudanças Climáticas, a Agência Internacional de Energia (AIE) previu aumento de 55% das emissões de dióxido de carbono (CO2) até 2030, se os atuais padrões tecnológicos de produção e deconsumo forem mantidos. Outro relatório, produzido pelo governo britânico, calculou que o prejuízo econômico com o aquecimento global chegará a US$ 7 trilhões. Mais recentemente, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) publicou a primeira parte de seu quarto relatório sobre os impactos deste aquecimento no desenvolvimento social e econômico dos países. De acordo com os dados, numa expectativa otimista, a temperatura média do planeta subirá de 1,8ºC a 4ºC até 2100 - o que provocará um aumento no nível dos oceanos de até 59 centímetros, gerando grandes inundações, ondas de calor mais freqüentes e ciclones violentos. Issoimplicará em reduções drásticas na produção agrícola, crises no abastecimento de água, migrações forçadas das populações do litoral para o interior, mudanças nos hábitos diários da sociedade e impacto na biodiversidade do planeta. O mundo ficou apavorado, já que os resultados alarmantes são, segundo os cientistas, 90% decorrentes da ação humana.
Esta não é uma discussão isolada, que tem por base apenas os aspectos climáticos: ela se aprofunda nos padrões de produção e consumo da sociedade. Durante quanto tempo a biosfera conseguirá se regenerar para sustentar o atual modelo predatório de desenvolvimento econômico, em hegemonia há séculos? Esta é uma pergunta que o homem se faz desde 1972, quando ocorreu a primeira Conferência sobre o Meio Ambiente da Organização das Nações Unidas (ONU). Mas, naquela época, e até pouco tempo atrás, a preocupação era tida apenas como neurose de ambientalista. "Diziam que adorávamos o tema do fim do mundo", lembra Mário Mantovani, diretor da SOS Mata Atlântica.
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Fonte: Site Repórter Brasil