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RIO GRANDE DO SUL
Desafios e horizontes do produtor de uva
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24 de Junho de 2014


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Um encontro entre o passado e o futuro da viticultura no Rio Grande do Sul é a proposta da XV Jornada da Viticultura Gaúcha, que será realizada no dia 3 de julho em Flores da Cunha.

O coordenador da Comissão Interestadual da Uva, Olir Schiavenin, também presidente do STR de Flores da Cunha e Nova Pádua, destaca que no Ano Internacional da Agricultura Familiar é preciso continuar a enfrentar os desafios e sempre vislumbrar novos horizontes.

Olir conta que um dos problemas enfrentados pela cadeia é a falta de garantia do cumprimento do preço mínimo da uva – R$ 0,63 – além de estar defasado é ameaçado de não ser pago. O custo de produção é de R$ 0,72, igual ao da Conab. Embora o prazo de pagamento para as indústrias encerre no final de junho, Olir adianta que o segmento não descarta ação judicial e manifestações caso ocorra pagamento abaixo do preço mínimo.

Ele disse que todas as hipóteses serão discutidas na jornada, inclusive a falta de mão de obra, que é cara e o jovem não quer mais permanecer no meio rural.

Pergunta – Qual a expectativa e os objetivos da XV Jornada da Viticultura? Olir Schiavenin - A exemplo da edição anterior, a nossa expectativa é de uma participação acima de 600 produtores de uva nesta 15ª edição. A intenção é integrar os viticultores, disponibilizando informações e conhecimentos que os auxiliem na qualificação e na agregação de valor da produção vitícola, através da adoção de tecnologias sustentáveis. Este evento é considerado o maior de viticultores do País, com participantes oriundos de 30 municípios, não só da serra gaúcha, bem com de outras regiões. E pelo fato de estarmos no Ano Internacional da Agricultura Familiar muitos são os desafios pela frente para que possamos valorizar os nossos agricultores, que precisam receber um preço justo pela uva e assim sobreviver com qualidade de vida na atividade.

Pergunta - O que representam esses 15 anos de Jornada de Viticultura? Olir – Sem dúvida, uma caminhada importante. É possível perceber que com todos esses eventos, a consciência do produtor aumentou, introduziu novas tecnologias e profissionalizou a atividade. Tem noção de gestão, do custo de produção, de inovação, enfim todas as ferramentas para que possa, cada vez mais, ser competitivo. Então, ao longo dessa trajetória, debatemos os mais diversos temas e conseguimos atingir uma consciência crítica ao nosso produtor, que tem noção de mercado, conhecimento e informação. Essa XV Jornada da Viticultura vai contribuir, ainda mais, para fazer com que ele trabalhe com melhor rentabilidade e com isso vislumbre um futuro melhor e promissor.

Pergunta – Na programação é possível constatar uma mescla entre política e técnica. Por quê? Olir – Porque precisamos avançar, cada vez mais, no conhecimento técnico, mercadológico e, ao mesmo tempo, em políticas públicas. Neste sentido, o que o governo federal, através do MDA e MAPA, estão fazendo em termos de políticas públicas de fortalecimento para a agricultura familiar justamente no Ano Internacional da Agricultura Familiar. Como vai funcionar o crédito, o seguro agrícola, a expectativa em relação a preço para a próxima safra, o qual, por sinal, está bastante defasado. Os produtores estão ansiosos e enfrentando uma situação de insegurança, uma vez que a uva não está apresentando a rentabilidade necessária para cobrir o custo de produção. Esses são motivos que nos levaram a convidar os ministros Miguel Rossetto, do Desenvolvimento Agrário, e Neri Geller, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para nos informar se existe alguma luz no fim do túnel, se precisaremos diversificar ou quem sabe partir para outra atividade. Existe uma interrogação gigantesca. Nós, que trabalhamos diariamente, vamos ao interior e conversamos com os produtores, sabemos da insegurança e aflição que pairam sobre suas cabeças.

Pergunta – Quais as principais dificuldades enfrentadas hoje pelo produtor de uva? Olir – A falta de garantia do cumprimento do preço mínimo da uva, que é de R$ 0,63, e está muito defasado, já que o custo de produção é de R$ 0,72, que bate com o custo da Conab. E mesmo assim, existem algumas empresas que não têm nenhum tipo de constrangimento em não pagar o preço mínimo. Embora o prazo para pagamento encerre no final de junho, trabalhamos para fazer com que o preço mínimo seja cumprido. Para tanto, estamos estudando uma ação judicial e não se descarta, inclusive, a realização de uma grande manifestação. Além disso, a possibilidade de realizar um boicote e não entregar mais uva a essas empresas. Todas as hipóteses serão discutidas, também, na XV Jornada da Viticultura. Uma outra preocupação é a falta de mão de obra, que é cara e o jovem não quer mais permanecer no meio rural.

Pergunta – Quando ocorreriam as manifestações? Olir – Vamos ver com os produtores. Estamos realizando reuniões pelo interior e, certamente, a decisão do que faremos, como e de que forma ocorrerá na jornada. Caso alguma empresa, embora particularmente não acredite, pague abaixo do custo e prejudique o produtor, não mediremos esforços para impedir que isso ocorra. Elas estão apresentando rentabilidade. A cada ano a venda de suco aumenta em mais de 40%, bem como a comercialização do vinho engarrafado, que está bem, com o preço reagindo. Então, não há motivos para não pagar pelo menos o valor mínimo estipulado pela Conab no custo de produção.

Pergunta – Que tipo de chamamento o senhor gostaria de fazer aos produtores para participarem da XV Jornada da Viticultura? Olir – Que venham, participem e se unam aos demais produtores para que possamos debater os problemas, sair daqui com mais informações e com um horizonte, um planejamento do que vamos fazer a partir de agora no sentido de garantir a estabilidade, melhorar ainda mais a qualidade da uva, de que forma vamos enfrentar as doenças e pragas dos parreirais. Fica aqui o convite para que façamos uma boa jornada e quanto mais gente presente maior a chance de sucesso para sairmos do encontro com definições para fortalecer, dar sustentabilidade e garantia de renda aos produtores de uva.

FONTE: Assessoria de Comunicação da FETAG-RS - Luiz Fernando Boaz



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