Para fortalecer a luta e organização das trabalhadoras rurais no MSTTR, contribuindo para a participação qualificada das mulheres no processo de construção do 12º Congresso da CONTAG, acontece de 8 a 11 de novembro, em Brasília-DF, a 6ª Plenária Nacional de Mulheres Trabalhadoras Rurais, com o lema: Margaridas trabalhadoras rurais por paridade rumo à igualdade - A luta é todo dia!
Voz da CONTAG - Ouça e baixe o SPOT de chamada da 6ª Plenária AQUI
Vamos falar sobre, DEMOCRACIA, PODER E PARTICIPAÇÃO??? Há várias maneiras de compreender o que é democracia, mas todas elas têm a ver com uma mesma coisa: a forma de exercer o poder. Assim, ao falar de democracia estamos sempre falando sobre quem decide, quem podeparticipar dos espaços de poder e que o exerce. Poder de decidir os rumos do país, da comunidade, do movimento, do partido. E da família também. Falamos de democracia na casa e na política. Tratamos do poder popular e da participação política das mulheres. Muita gente defende a ideia de que basta ter eleições para ter democracia. É verdade que as eleições fazem a grande diferença entre uma democracia e uma ditadura. Mas não basta ter eleições. Para o feminismo, a participação das mulheres é uma condição importante para a democracia e por isso aponta para uma das contradições de nosso tempo: a pouca presença das mulheres nos espaços de poder. Somos uma grande minoria na direção dos partidos, dos movimentos, dos governos. Estamos sub-representadas nas câmaras de vereadores e no congresso nacional, no judiciário. Antes éramos proibidas de votar e é verdade que esta situação mudou pela força da luta das mulheres. Mas as regras para a disputa do poder são feitas principalmente pelos homens e ainda favorecem mais a participação masculina, e ainda mais os homens brancos e das classes de proprietários. Já foi pior: houve um tempo que somente podiam votar homens que tivessem grande número de propriedades e determinado valor de fortuna. Além disso, pessoas que não soubessem ler não podiam votar. Deste modo, mulheres e homens da classe trabalhadora, do campo e da cidade, população indígena e a população negra, antes escravizada,estavam todas e todos excluídas/os e proibidos de atuar na política. Ou seja: o direito de atuar nos espaços de poder era apenas para poucos, para a elite masculina, proprietária e branca. É para mudar esta forma de exercer o poder e para fortalecer a participação política das mulheres, negras,indígenas, do campo, das águas e das florestas que a Marcha das Margaridas coloca em sua plataforma de lutas umeixo sobre democracia, poder e participação. O texto acima foi extraído do eixo VII do caderno de pauta legislativa, da 5ª. Marcha das Margaridas, apresentado ao Congresso Nacional. Sendo fruto de um processo de construção que teve início com um amplo debate realizado em várias atividades nacionais e regionais. Mais informações da 6ª Plenária AQUI FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG