A CUT quer o fim do fator previdenciário e não aceita em troca, como pretendem alguns setores do governo e do empresariado, o estabelecimento de idade mínima para que os brasileiros e brasileiras se aposentem. Esta posição será defendida em reunião com o ministro da Previdência, José Pimentel, na próxima quinta, dia 4, em Brasília. A audiência ocorrerá um dia após a V Marcha da Classe Trabalhadora, que tem entre suas bandeiras o fim do fator previdenciário.
"Não é possível aceitar idade mínima porque precisamos considerar que no Brasil a maioria das pessoas começa a trabalhar ainda adolescente, diferente do que acontece em outros países", explica Artur Henrique, presidente da CUT.
"Imagine que alguém começa a trabalhar aos 16 anos e, numa situação incomum, consiga contribuir para a Previdência sem nenhuma interrupção até que complete 65 anos de idade. Serão 49 anos de contribuição. Já seria um absurdo. Se levarmos em conta a rotatividade do mercado de trabalho, e que a maioria não consegue manter-se empregado ininterruptamente, é claro que não podemos aceitar a proposta de idade mínima", completa Artur, que já havia feito essa defesa durante os debates do Fórum Nacional da Previdência. FONTE: Presidência Nacional da CUT