De 21 a 23 de maio, delegados e delegadas de 280 cooperativas da agricultura familiar e de economia solidária estarão reunidos, na sede da CONTAG, em Brasília, no IV Congresso Unicafes – VIII Encontro Nacional do Cooperativismo Solidário para debater o cenário político e as ações estratégicas para o próximo triênio. A abertura ocorreu na manhã de hoje, 21, e estiveram presentes: todos os delegados e delegadas participantes; o presidente da Unicafes, Luiz Possamai; o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, acompanhado por representantes do MDA; o presidente da CONTAG, Alberto Broch; assessoria e dirigentes da CONTAG; e deputados, representantes do governo, de entidades não governamentais e de movimentos sociais. Esta é uma das mais importantes edições do Congresso para o Cooperativismo Solidário, considerando toda a pauta ainda aberta sobre a Lei Geral do Cooperativismo, a criação da União Nacional das Organizações Cooperativas Solidárias (Unicopas) e as construções políticas no país em 2014. Na abertura, o presidente da Unicafes afirmou que o cooperativismo da agricultura familiar tem tido algumas dificuldades em acessar certas políticas públicas. “Reconhecemos que o governo tem boas políticas públicas para a agricultura familiar. Mas, muitas vezes, as nossas cooperativas encontram dificuldade em acessar os recursos por causa da burocracia”. Construir uma forma de facilitar o acesso das cooperativas às políticas públicas voltadas para a agricultura familiar é uma das reivindicações ao MDA. “Sabemos que é preciso cumprir regras, porque não se pode fazer festa com o dinheiro público. Mas, muitas vezes, as regras dificultam que as cooperativas acessem as políticas públicas. Então reivindicamos a simplificação de algumas dessas regras para que as nossas cooperativas possam acessar os recursos”, afirmou. Alberto Broch, presidente da CONTAG, reafirmou a urgência em regulamentar a Lei Geral do Cooperativismo. “Apresentamos esse tema para a presidenta Dilma Rousseff agora no 20º Grito da Terra Brasil, para o qual ela demonstrou atenção especial e comprometimento”. Alberto destacou também a importância do Ano Internacional da Agricultura Familiar Camponesa e Indígena (AIAF/CI). “Precisamos fazer, através do AIAF, um grande debate sobre a importância política e estratégia da agricultura familiar no Brasil e no mundo.” Para isso, ele citou duas diretrizes: fazer um embate político, para mostrar a importância da agricultura familiar com relação à segurança e soberania alimentar, contrapondo-se ao modelo do agronegócio; e dialogar com a sociedade para avançarmos em políticas públicas de fortalecimento da agricultura familiar. Já o ministro Miguel Rossetto reafirmou o compromisso do MDA com a agenda da Unicafes e disse “respresentar o profundo respeito que o MDA tem com o trabalho de vocês”. E completou: “O País que nós sonhamos é aquele que vive, em todas as suas regiões, a experiência do cooperativismo e de uma economia cada vez mais solidária, que é capaz de distribuir melhor a renda, de permitir um projeto descentralizado de produção e renda, e quem melhor responde a isso são as experiências do cooperativismo.” FONTE: Imprensa CONTAG - Julia Grassetti