Nesta segunda e terça-feira, dia 14 e 15 de abril, foi realizada a Oficina de Socialização e Alinhamento Técnico para Implementação das Ações do Programa Intersetorial de Bioeconomia das Plantas Medicinais na Agricultura Familiar. O encontro, sediado na CONTAG, em Brasília, teve o objetivo de alinhar o programa, construir uma matriz de ações e constituir o Comitê Interinstitucional de Gestão do Programa.
A secretária de Política Agrícola da CONTAG, Vânia Marques Pinto, iniciou compartilhando que “estamos aqui provocando vocês para ampliarem recursos para este projeto. Nós temos na CONTAG uma prática de promover espaços de cuidado da saúde. Então, este tema tem ganhado um grande apelo, principalmente por parte da nossa base, que agora sabe de fato o que é ser cuidada e a importância destes momentos de práticas integrativas em saúde e do potencial das plantas medicinais para o bem viver.”
O Programa Intersetorial de Bioeconomia de Plantas na Agricultura Familiar foi idealizado com o objetivo de ampliar as oportunidades para os trabalhadores e trabalhadoras do campo, da floresta e das águas ao mesmo tempo em que contribui para a ampliação do acesso a alternativas de cuidado e saúde para a população.
A secretária de Políticas Sociais da CONTAG, Edjane Rodrigues, avaliou que “o trabalho conjunto dá muito mais certo. A medicina convencional é, sim, importante, é fundamental, mas precisa ser combinada com os saberes tradicionais, que tem a ver com as nossas tradições e territórios. E nós precisamos evidenciar isso.”
A programação contou com a apresentação do programa e dos projetos, como os quintais produtivos e as estações de processamento; debates sobre mobilização e articulação institucional; elaboração de cronograma de ações conjuntas a partir das ações definidas; e a constituição do Comitê Interinstitucional de Gestão do Programa.
Além das representantes da CONTAG, o momento reuniu o diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Marco Aurelio Pereira; a presidenta da Unicafes, Fátima Torres; o coordenador de Integração Estratégica da Fiocruz Brasília, Wagner Martins; a coordenadora geral de Formação, Construção do Conhecimento e Fomento à Ater do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Regilane Fernandes; e o assessor da Fundação do Banco do Brasil, Jair Alves.
“Esperamos que, com esse projeto, cada vez mais consigamos trabalhar a questão da comercialização e formação em cooperativismo para os nossos companheiros e companheiras que estão nos grupos, nas bases dos Sindicatos e Cooperativas”, disse a presidenta da Unicafes, Fátima Torres.
O representante do Ministério da Saúde, Marco Aurelio Pereira, compartilhou que “aqui nós estamos falando de ciência, acolhimento, ação e dos cuidados a partir das plantas medicinais e fitoterápicos que estão em conjunto a nossa cultura. Nós estamos trazendo isso para que romper qualquer preconceito que esteja atrelado.”
ENCAMINHAMENTOS E PRÓXIMOS PASSOS
Uma série de ações estratégicas foram definidas para garantir o avanço da implementação do programa, como:
Gestão institucional e articulação - Realizar reuniões, levantamento de possibilidades de integração, definição de estratégias e articulação de ações de captação de recursos (emendas parlamentares, patrocínios e agentes financeiros);
Mercado e comercialização - Elaborar um “cardápio” de mercados e critérios para seminário temático e definir estratégias específicas para produção e comercialização;
Territórios e produção - Realizar reuniões com atores dos territórios para diagnóstico local, constituição de comitês, visitar unidades produtivas familiares, curso para implementação dos quintais produtivos e estratégias para aquisição e produção de mudas (incluindo mudas certificadas e produção local).
Estes encaminhamentos e a atividade reforçam o compromisso com a valorização da biodiversidade brasileira e o fortalecimento da agricultura familiar, especialmente por meio da bioeconomia e do uso tradicional de plantas medicinais em territórios rurais.
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