Foi realizada nesta quarta-feira (16), na Câmara Federal, a primeira reunião com todos os setores organizados da sociedade civil para a formulação de diretrizes e mobilização de ações de combate à fome no Brasil. Essa atividade foi uma iniciativa do vice-presidente da Câmara dos Deputados, deputado Marcelo Ramos, do coordenador da Frente Parlamentar Mista de Combate à Fome no Brasil, deputado Célio Moura, e do coordenador da Frente Parlamentar de Segurança Alimentar e Nutricional, deputado Padre João.
O deputado Marcelo Ramos explicou algumas das propostas que o grupo pretende trabalhar conjuntamente. Precisamos definir uma estratégia legislativa, levantar todas as propostas de renda básica estruturadas e constitucionaliza-las. Nós temos um programa que tem data para acabar, que é o Auxílio Brasil. Nós precisamos transformar em uma política permanente e não em uma política de governo, em uma política transitória, mas sim em uma política do Estado brasileiro de garantia de renda mínima para todos os brasileiros e brasileiras, em especial na primeira infância, quando a fome dói de uma forma diferenciada, pontuou.
A CONTAG foi uma das organizações convidadas e foi representada pelo vice-presidente e secretário de Relações Internacionais, Alberto Broch. O dirigente reforçou a triste marca de retorno do Brasil ao Mapa da Fome, com mais de 20 milhões de brasileiros(as) famintos(as) e mais de 50 milhões em situação de insegurança alimentar. É um dever do Estado resolver esse problema e é um debate que precisa ser feito com toda a sociedade. Não podemos admitir a continuidade dessa situação. Precisamos valorizar mais a agricultura familiar. Afinal, mais de 70% dos alimentos que chegam diariamente à mesa dos(as) brasileiros(as) são produzidos pela agricultura familiar, defendeu.
Broch cobrou incisivamente dos(as) parlamentares presentes a valorização da agricultura familiar, o desenvolvimento rural sustentável e solidário e as políticas públicas. Nós já estamos entregando ao Ministério da Agricultura as propostas para o Plano Safra da Agricultura Familiar 2022-2023, o que fazemos há 25 anos, e esperamos negociar para que as políticas públicas voltadas ao setor sejam fortalecidas e não paralisadas, destacou o dirigente da CONTAG. FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG - Verônica Tozzi