O Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), espaço destinado a debater agendas e temas de interesse dos mais diversos segmentos da sociedade, foi recriado nesta quinta-feira (04) após assinatura de decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Criado por lei em 2003, este Conselho teve uma exitosa experiência em seus mais de 15 anos de existência, até ser extinto em 2019.
O evento de retomada do Conselho foi realizado durante todo o dia no Palácio do Itamaraty, em Brasília, e contou também com a presença do vice-presidente, Geraldo Alckmin, além de ministros e de conselheiros/as que farão parte do colegiado. O presidente da CONTAG, Aristides Santos, é um dos conselheiros e representa os trabalhadores rurais agricultores e agricultoras familiares neste importante espaço.
Movimentos sociais, centrais sindicais, setores financeiro e empresarial, agronegócio, entre outros setores também estão representados, reunindo de fato uma pluralidade e diversidade da população brasileira no chamado “Conselhão”, num total de 246 integrantes. O novo Conselho ganhou em seu nome o termo “Sustentável” com o objetivo de dar atenção à potencialidade ambiental do País no atual cenário de mudanças climáticas.
Aristides destaca esse acréscimo do termo “Sustentável” ao nome do Conselho. “As questões ambientais e a mudança do clima terão prioridade nas discussões do Conselhão e, para nós, da agricultura familiar, é fundamental participar dos debates e das proposições com o nosso olhar”. O presidente da CONTAG também ressaltou a participação em peso dos ministros e ministras durante toda a programação.
Logo pela manhã, o evento contou com a participação do presidente Lula e houve uma apresentação do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela coordenação do CDESS.
No período da tarde, a primeira mesa contou com a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, da ministra do Planejamento, Simone Tebet, e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Outra mesa foi realizada com a participação da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.
“Todos os debates realizados ao longo do dia foram ricos de ideias, de informação, mas é um começo. Serão criadas diversas câmaras técnicas e grupos de trabalho. Então, é um Conselho que tem muito a contribuir com as políticas públicas, com o debate do orçamento no rumo da reconstrução do País. A nossa presença neste espaço ajuda a trazer esse olhar, essa escuta das demandas da agricultura familiar, da reforma agrária, de todas as propostas que defendemos para os sujeitos do campo, da floresta e das águas”, avaliou Aristides.
O presidente da CONTAG também afirmou que esse é o principal espaço de escuta da sociedade na proposição e definição de políticas públicas para o governo federal. “Vários temas serão discutidos, a exemplo do que já foi discutido nessa primeira reunião, como reforma tributária, arcabouço fiscal, meio ambiente, combate às desigualdades sociais, democracia, educação, racismo com foco da necessidade de se fazer reparações históricas, economia verde e solidária, agricultura sustentável, regularização fundiária e ambiental, demarcação de terras indígenas, crescimento econômico com distribuição de renda, segurança, redução de juros, entre outros”.
Segundo o dirigente, também foi ressaltado que o Brasil precisa pensar num projeto de nação. “Ciência, tecnologia, inovação e pesquisa precisam ser trabalhadas como políticas transversais em todos os Ministérios, acesso universal à internet de banda larga, bem como o enfrentamento ao ‘estado paralelo’, também conhecido como crime organizado, que dificulta a ação do Estado brasileiro no combate à fome e às desigualdades nas comunidades”, acrescentou.
Fonte: Assessoria de Comunicação da CONTAG - Verônica Tozzi