A Contag é uma das entidades que integram a Comissão Nacional de Educação no Campo, criada pelo Ministério da Educação no último dia 10. A secretária de Políticas Sociais da Confederação, Alessandra Lunas, participou da cerimônia de instalação da Comissão, que tem a missão de assessorar o ministério na elaboração de políticas para o campo.
Para Alessandra Lunas, a criação da Comissão é marco, pois pela primeira vez os movimentos sociais terão direito a voz e voto em um espaço de elaboração de políticas públicas para a educação no campo. "Nós precisamos de muitas ações, precisamos olhar para cada projeto, cada programa que o Ministério da Educação já tem e verificar qual é o componente que o campo pode também ser contemplado dentro desses espaços" diz.
A dirigente explica que a Contag está dialogando com várias entidades que também têm trabalho de educação no campo para juntos construírem uma proposta a ser apresentada ao MEC. Um dos trabalhos em curso éa revisão do Plano Nacional de Educação, com a construção de marcos legais para o campo.
"Já tem um ano que o Grupo de Trabalho fez um texto de adequação do que significa educação no campo, porque nosso maior problema é a condução que o Plano Nacional tem para o campo e, por isso, há necessidade urgente da reformulação, da construção dos marcos legais, de reconhecer que tudo o que a gente quer construir de campo não dá pra começar do zero", avalia Lunas.
Comissão - A Comissão Nacional de Educação do Campo é um órgão colegiado de caráter consultivo que reúne dez representantes dos ministérios da Educação e do Desenvolvimento Agrário, União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Conselho Nacional de Secretários de Educação; e por oito integrantes de movimentos sociais de abrangência nacional: centros familiares de formação por alternância, Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), Comissão Pastoral da Terra, Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar, Movimento dos Atingidos por Barragens, Movimento das Mulheres Campesinas, Movimento dos Trabalhadores sem Terra e Rede Educacional do Semi-Árido Brasileiro. FONTE: Angélica Cordova e Ciléia Pontes, com assessoria de imprensa do MEC.