A CONTAG e a UITA são contrárias à Proposta de Regulamentação da PEC 57-A, formulada pelo senador Romero Jucá, porque precariza as relações de trabalho no campo e dificulta a ação do Estado contra os proprietários que submetem seus trabalhadores a condições de trabalho degradantes e, muitas vezes, a condições análogas a de escravo.
Na tarde desta segunda-feira, 28 de outubro, o presidente Alberto Broch e os secretários de Assalariados Rurais, Elias Borges, e de Políticas Sociais da CONTAG, José Wilson, e o diretor regional da UITA, Gerardo Iglesias, reuniram-se com o senador José Pimentel para tratar dessa votação. Segundo Elias, a Confederação saiu preocupada desse encontro. “A impressão que tivemos é que existe um acordo por pressão, principalmente do PMDB de Kátia Abreu, em aprovar a proposta. Não vamos nos acomodar. Voltaremos ao Congresso Nacional e vamos trabalhar uma campanha internacional junto à UITA contra essa regulamentação. O nosso objetivo é adiar a votação ou conseguir o veto”, adianta o secretário.
Elias acrescenta: “A CONTAG, enquanto representante dos trabalhadores(as) rurais assalariados, reivindica a manutenção do conceito de trabalho escravo disposto no Código Penal e que a PEC 57-A seja efetivamente aplicada.” FONTE: Imprensa CONTAG - Verônica Tozzi