Atualmente, o governo não tem qualquer controle sobre quantas são e qual o tamanho da fração do Brasil que está nas mãos de estrangeiros. Nem tem mecanismos legais para controlar a invasão de grupos internacionais. Para o presidente da Contag, Manoel dos Santos, é necessário tratar o limite de propriedade em dois eixos: aos estrangeiros e aos grandes proprietários brasileiros. "O Brasil continua sendo um dos países com maior concentração de renda e ainda maior concentração de terra. Nada explica alguns grupos serem donos de 100, 200 mil hectares de terras", disse Manoel. Segundo dados do Incra, estrangeiros estão investindo muito dinheiro na compra de terras na Bahia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Pará e São Paulo. O único registro do Incra mostra que, até julho, 31.194 mil imóveis estavam em nome de pessoas físicas estrangeiras e outros 2.039 mil em nome de empresas como Microsoft e Google. Manoel dos Santos alerta que o investimento na expansão de biocombustíveis é mais um agravante para a ampliação de terras nas mãos de estrangeiros. O presidente da Contag disse que é necessário envolver a sociedade nessa discussão. "Nós entendemos que esse tipo de discussão precisa ser aberta para o conjunto da sociedade civil, das organizações sociais, dos poderes legislativo, executivo e judiciário. Todos precisam ficar atentos às discussões, para que os brasileiros tenham condições de participar do crescimento do país." Vanessa Montenegro Agência Contag de Notícias