As primeiras atividades da semana que marca uma série de eventos internacionais relacionados ao Ano Internacional da Agricultura Familiar Camponesa e Indígena (AIAF/CI) terminaram ontem, dia 12. Desde a segunda-feira, dia 10, estavam acontecendo, no Palácio do Itamaraty, em Brasília, a Conferência sobre Mulheres Rurais da América Latina e Caribe no AIAF e a Reunião Ministerial sobre agricultura familiar da Comunidade dos Estados Latinoamericanos e Caribenho (CELAC) e o Fórum Latinoamericano dos Comitês Nacionais. Ambos os eventos terminaram em uma reunião com todos os participantes, tanto da Conferência quanto da Reunião Ministerial. O momento foi considerado histórico, por reunir três importantes articulações políticas.
Nesta atividade de encerramento, foi apresentado o Documento Final da Conferência de Mulheres, feito com base nas discussões que permearam os três dias. Ele foi lido pela coordenadora da Diretoria de Políticas para as Mulheres do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Karla Hora, e aborda a conjuntura da situação das mulheres rurais nos países participantes e, baseado nisso, faz recomendações aos governos dos países envolvidos na discussão realizada para o atendimento das demandas e melhoria da qualidade de vida das mulheres.
Ao apresentar o documento, Karla Hora afirmou: “Esse resultado buscou sintetizar ações, debates, agendas, demandas, sonhos e perspectivas. Representa um esforço conjunto de governo civil e expressa o anseio e avanço que a América latina tem construído na institucionalização das políticas publicas para as mulheres rurais”.
A secretária de mulheres da CONTAG, Alessandra Lunas, considerou os encaminhamentos finais interessantes para o fortalecimento da luta. “Vemos resultados da nossa articulação até mesmo na composição da mesa de encerramento, composta pela maioria de mulheres, algo raro de se ver em eventos internacionais. Nas declarações, vemos que houve um compromisso forte”. Para Alessandra, os espaços políticos estão se abrindo mais para a articulação das mulheres “ Estamos conseguindo pautar um espaço dentro do espaço da CELAC, com compromisso da efetiva participação e construção de diálogo entre sociedade civil e governo nesse espaço”, afirma.
Após a leitura, os participantes da mesa de encerramento, composta por pessoas dos três eventos, comentaram a carta das mulheres. A CELAC se comprometeu ainda a colaborar com a agenda das mulheres.
FONTE: Imprensa CONTAG - Gabriella Avila