A semana passada foi toda dominada por um movimento de liquidação especulativa no mercado de suco de laranja da bolsa de Nova York. Na sexta-feira não foi diferente, e as cotações voltaram a cair. Os contratos com vencimento em julho fecharam a US$ 1,0850 por libra-peso, em queda de 210 pontos, enquanto os papéis para entrega em setembro recuaram 195 pontos, para US$ 1,1205. Traders consultados pela Dow Jones Newswires afirmaram que no momento é difícil encontrar notícias altistas capazes de estancar a liquidação, e acreditam que os preços podem cair um pouco mais. No mercado doméstico, a caixa de 40,8 quilos da laranja destinada às indústrias de suco saiu por R$ 7,98, segundo o Cepea/Esalq. Nos cinco dias até sexta, ainda houve alta de 0,25%.
Câmbio impulsiona
Os contratos futuros do algodão registraram na sexta-feira a maior alta em quase cinco semanas, reagindo à desvalorização do dólar, o que elevou a demanda dos investidores por commodities como forma de proteção contra a inflação. Os papéis para julho subiram 183 pontos (2,6%) na bolsa de Nova York e encerraram o dia cotados a 71,26 centavos de dólar. Foi o maior ganho diário desde o pregão do dia 09 de abril. Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), a área plantada com algodão no país nesta safra deverá recuar em 13%, devido à referência dos agricultores por culturas mais rentáveis economicamente, como o milho, o trigo e a soja. No mercado doméstico, a libra-peso da fibra ficou em R$ 1,2901, com queda de 0,05%, segundo o indicador Cepea/Esalq.
Efeito Argentina
Os protestos ruralistas na Argentina, motivados pelas restrições impostas pelo governo do país às exportações, ajudaram a impulsionar as cotações da soja na sexta-feira na bolsa de Chicago. Os contratos com vencimento em julho subiram 30,50 centavos de dólar e atingiram US$ 13,78 por bushel, ao passo que os futuros para entrega em novembro encerraram o pregão a US$ 13,4925, com um salto de 30 centavos de dólar em relação à véspera. Traders ouvidos pela Dow Jones Newswires observaram que a valorização de outras commodities, inclusive o petróleo, colaboraram para os fortes ganhos registrados. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para a saca de 60 quilos negociada no Paraná subiu 0,34%, para R$ 44,87. No mês, os ganhos acumulados são de 0,61%.
Realização de lucros
As cotações do milho fecharam em baixa na sexta-feira, pressionadas por um movimento de realizações de lucro. Os contratos com vencimento em julho encerraram a sessão negociados a US$ 5,91 por bushel, em baixa de 8 centavos de dólar, ao passo que os futuros para entrega no mês de setembro recuaram 7,75 centavos de dólar, para US$ 6,0350. Traders nova-iorquinos observaram que as previsões de clima seco em áreas do Meio-Oeste americano não foram suficientes para evitar as realizações de lucro. E a alta de outras commodities, inclusive do petróleo, também não foi. No mercado doméstico, o indicador Esalq/BM&F para a saca de 60 quilos do grão caiu 0,17%, para R$ 27,84. Neste mês de maio, com isso, a variação positiva do indicador diminuiu para 1,65%.
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