O fortalecimento do dólar em relação a outras moedas no mercado internacional pressionou as cotações do café arábica ontem na bolsa de Nova York. Os contratos com vencimento em julho perderam 130 pontos e fecharam a US$ 1,3725 por libra-peso, enquanto setembro encerrou a sessão a US$ 1,3955, em baixa de 135 pontos. Na bolsa de Londres, a oscilação da moeda americana teve o efeito contrário e as cotações dos futuros de café robusta subiram. Traders ouvidos pela Dow Jones Newswires notaram que a alta do dólar, que segurou a queda do índice CRB de commodities, não foi capaz de segurar o café. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq para a saca de 60 quilos do arábica caiu 0,77%, para R$ 256,33. Neste mês de maio, ainda há valorização acumulada de 0,42%.
A valorização do dólar americano em relação a outras moedas tirou sustentação dos preços do cacau ontem na bolsa de Nova York. Os contratos com vencimento em maio fecharam a US$ 2.703 a tonelada, em queda de 177 pontos, enquanto setembro encerrou o pregão negociado a US$ 2.612, US$ 122 a menos do que na véspera. Ainda que movimentos financeiros decorrentes da oscilação da moeda americana tenha definido a queda, perspectivas de melhoria climática na Costa do Marfim, maior produtor e exportador da amêndoa, também colaboraram para a desvalorização. No mercado doméstico, a arroba negociada em Ilhéus e Itabuna, na Bahia, também registrou forte baixa. Saiu ontem por R$ 68,50, em média, segundo a Central Nacional de Produtores de Cacau.
Vendas especulativas
Um forte movimento de vendas especulativas derrubou as cotações do suco de laranja ontem na bolsa de Nova York. Os contratos com vencimento em julho encerraram a sessão a US$ 1,1265 por libra-peso, em baixa de 315 pontos - mesmo tombo dos papéis para entrega em setembro, que fecharam a US$ 1,1585. Segundo a Dow Jones Newsiwres, trata-se do mais baixo patamar de preços das últimas quatro semanas. Traders consultados pela agência afirmaram que não houve novidades ligadas aos chamados fundamentos do mercado capazes de explicar a desvalorização. No mercado doméstico, a caixa de 40,8 quilos da laranja destinada às indústrias de suco saiu por R$ 7,89 na média paulista, segundo o Cepea/Esalq. Nos últimos cinco dias, há alta de 0,13%.
Conjunção favorável
Perspectivas de aumento da demanda internacional pela soja produzida nos Estados Unidos - por conta das restrições argentinas às exportações -, previsões climáticas favoráveis ao plantio de milho em regiões do Meio-Oeste americano e os elevados preços do petróleo impulsionaram a oleaginosa ontem na bolsa de Chicago. O bushel de soja para entrega em maio subiu 39,50 centavos de dólar, para US$ 13,7450, enquanto os contratos do grão com vencimento em julho fecharam a US$ 13,7950, em alta de 36,50 centavos de dólar. Conforme a Dow Jones Newswires, é o maior patamar em quase três semanas. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq para a saca de 60 quilos do grão negociada no Paraná registrou variação negativa de 0,22%, para R$ 44,96. FONTE: Valor Econômico - 14/05/2008