Petróleo impulsiona
Os contratos futuros do açúcar subiram modestamente no pregão de sexta-feira, com investidores apostando que a alta nos preços do petróleo possam elevar a busca por etanol de cana-de-açúcar. O barril do óleo chegou a atingir a cotação de US$ 126,25 no mercado internacional, o que levou o galão de gasolina em Nova York a US$ 3,2038. Analistas ouvidos pela Bloomberg disseram ainda que a desvalorização do dólar também afetou os resultados da commodity. Em Nova York, os papéis com vencimento em julho fecharam cotados a 11,62 centavos de dólar por libra-peso, com alta de 15 pontos. Com isso, o açúcar fechou a semana com alta de 1%, após 15 dias de baixa. No mercado interno, a saca ficou em R$ 26,88, com queda de 0,88%, segundo o Cepea/Esalq.
Alta especulativa
O petróleo caro e o dólar fraco também puxaram os preços do café, que atingiu na sexta-feira o maior preço em três semanas. "O petróleo e a desvalorização cambial estão dando suporte ao grão", disse à agência Bloomberg Marcio Bernardo, broker de café da Newedge USA LLC. Os contratos para entrega em julho subiram 20 pontos - 1,5% - na bolsa de Nova York e fecharam a US$ 1,3655 por libra-peso. Segundo Hector Galvan, estrategista-sênior de mercado da RJO Futures, de Chicago, as previsões de que as lavouras brasileiras possam sofrer com o período de geadas que se inicia neste mês também continuaram a impactar o mercado. No âmbito doméstico, a saca de 60 quilos do café fechou a R$ 257,7, com alta de 1,45%, segundo o indicador Cepea/Esalq. O grão já acumula alta de 0,96 % este mês.
Sem novidades
Os contratos do suco de laranja concentrado para entrega em julho encerraram o pregão de sexta cotados a US$ 1,215 por libra-peso, com alta de 105 pontos na bolsa de Nova York. O movimento se deveu a manutenção das projeções de colheita da Flórida pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). Três em seis analistas ouvidos pela Bloomberg esperavam por uma alta na estimativa, sendo que os demais apostaram no cenário inalterado. A Flórida é o segundo maior produtor de laranja do mundo. "Havia temores de mais suco no mercado", afirmou Jack Scoville, vice-presidente do Price Futures Group. No mercado interno, a caixa com 40,8 quilos de laranja ficou em R$ 7,87, segundo o Cepea/Esalq. Em cinco dias, a commodity acumulou perdas de 0,38%.
Oferta menor
O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) estimou, na sexta-feira, que a próxima safra de algodão do país sofrerá uma redução de 24%, na medida em que os produtores americanos se voltam para colheitas economicamente mais atraentes como soja, milho e trigo. Segundo o órgão, 14,5 milhões de fardos deverão ser colhidos na safra que se iniciará em outubro, o que, se comprovado, será o menor volume em dez anos. Analistas previam colheita de 14,9 milhões de fardos. O resultado disso, como esperado, foi uma alta da commodity no mercado internacional. A fibra negociada em Nova York subiu 70 pontos (1%), para 71,55 centavos de dólar, o maior preço em três semanas. No mercado interno, a libra-peso ficou em R$ 1,3066, sem variação, segundo o indicador Cepea/Esalq. FONTE: Valor Econômico - 12/05/2008