Às 6h30min de hoje (17) chegou em Punta del Este, no Uruguai, três ônibus com lideranças da Fetag-RS, tendo à frente Nestor Bonfanti, 1° tesoureiro, para participar de um ato em defesa da produção de tabaco defronte ao Hotel Conrad, onde desde domingo está acontecendo 4ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (COP 4). O evento é organizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e tem focado a questão do tabagismo como tema de saúde pública, sem levar em consideração que mais de 30 milhões de pessoas cultivam tabaco no planeta e dependem desta atividade para sobreviver. No Brasil, mais de 220 mil famílias, basicamente de agricultores familiares, têm nesta atividade a principal fonte de renda. Após quatro anos de estudos de cultivos alternativos economicamente viáveis, as organizações contrárias à produção de tabaco ainda não encontraram qualquer solução concreta para a substituição da cultura. O assessor de Política Agrícola da Fetag-RS, Airton Hochscheid, que está no Uruguai desde a abertura da Conferência, lamenta que a OMS tem ignorado a representação dos produtores. “Eles estão nos excluíndo das atividades, sem sequer permitir a entrada dos agricultores para assistir às reuniões. Hochscheid lembra que a principal preocupação da Fetag-RS diz respeito a possíveis impactos que as decisões da Conferência possam ter sobre a produção de mais de 92 mil famílias gaúchas, que têm na atividade a principal fonte de renda. Em Porto Alegre, o presidente da Fetag-RS, Elton Weber, destacou o apoio da Comissão de Fomento Agrário do Uruguai, que está proporcionando toda a infra-estrutura para a Fetag-RS promover a manisfestação. “Queremos alertar os congressistas que não queremos perder espaço de trabalho e renda por decisões que possam ser tomadas. Queremos discutir o tema de forma direta com os agricultores, não só em conferências mas em nível de país”, observa Weber. Além de Hochscheid, a -RS participa da Conferência com dirigentes sindicais dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais de Vera Cruz, Arroio do Tigre e Horizontina. FONTE: Comunicação da Fetag-RS