Em agosto, duas trabalhadoras e um trabalhador rural que lideravam a luta pela terra nas suas comunidades foram assassinados no estado do Mato Grosso. Esses crimes estão relacionados a conflitos agrários e ambientais e, na ocasião, a CONTAG, as Federações e Sindicatos exigiram providências imediatas para apurar os fatos e punir os responsáveis pelos assassinatos, atentados e ameaças aos trabalhadores e trabalhadoras rurais.
Com o objetivo de discutir temas como esses crimes ocorridos no estado, a situação das desapropriações de áreas para fins de reforma agrária, a questão fundiária e, principalmente, sobre as áreas de conflito, a Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo estará reunida, de 16 a 19 de setembro, em Cuiabá/MT. Esta comissão é presidida pelo desembargador Gercino José da Silva Filho, que é o ouvidor Agrário Nacional. A reunião está sendo acompanhada pela CONTAG, FETAGRI-MT, por um grupo de trabalhadores(as) rurais, pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), MST, CPT e órgãos estaduais, como o Terra Legal MT e Ouvidoria Agrária estadual.
Ontem (16), a comissão reuniu-se com representantes da Secretaria de Segurança Pública para tratar de assuntos como a segurança para os trabalhadores(as) rurais ameaçados, da investigação e punição dos criminosos. Hoje, pela manhã, foi a vez de discutir algumas questões com o Ministério Público/MT, a Vara Agrária estadual, além da Polícia Federal. Já nesta tarde, a reunião contará com a presença do juiz da Vara Agrária federal.
Está prevista para amanhã (18), uma conversa com a Superintendência Estadual do Incra e, até sexta-feira, o objetivo é tentar um acordo com o Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), alvo de denúncias feitas pelos trabalhadores(as) rurais sobre emissão irregular de títulos de terra.
FONTE: Imprensa CONTAG - Verônica Tozzi