Na noite desta quarta-feira (2), o auditório Maria Margarida Alves, localizado na sede da CONTAG, em Brasília, foi palco da abertura oficial do Seminário de Lançamento do Projeto de Lideranças para Implementação da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da Floresta (PNSIPCF), que foi instituída pela Portaria n 2.866, de 2 de dezembro de 2011, e pactuada pela Comissão de Intergestores Tripartite (CIT), conforme Resolução n3, de 6 de dezembro de 2011. O objetivo do seminário é identificar e discutir o contexto de vida e necessidades dos trabalhadores(as) rurais e apresentar as concepções e estratégias desse projeto, além de mobilizar e motivar os participantes para a sua ação política. Segundo José Wilson, “estamos muito otimista em dar uma grande contribuição para a implementação da PNSIPCF, que é especifica para o campo, para poder garantir que as populações do campo e da floresta possam contar com melhores condições de acesso aos serviços públicos de saúde. Participaram do evento diretoria e assessoria da CONTAG, lideranças, dirigentes e assessoria das FETAGs, docentes universitários, educadores(as) populares, conselheiros(as) de saúde, trabalhadores(as) e gestores(as) de saúde. Os pronunciamentos de abertura foram feitos por Alberto Broch (presidente da CONTAG), Valcler Fernandes (vice-presidente da Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz), Júlia Roland (diretora do departamento de Apoio a Gestão Participativa, representando a secretaria de Gestão Estratégica Participativa), Carlos Vaz (da secretaria de Vigilância em Saúde, representando o Ministério da Saúde), e Socorro Souza, presidente do Conselho Nacional de Saúde. Em seu discurso, Alberto Broch afirmou que “o seminário será importante para discutir esse projeto e melhorar os direitos dos trabalhadores(as) do campo e da floresta e a nossa pauta política da saúde. O SUS é uma conquista da sociedade, dos trabalhadores(as) rurais, e precisamos discutir politicamente a saúde pública.” Valcler disse que ainda há muita luta a ser feita e isso significa fazer uma reflexão radical a respeito do desenvolvimento brasileiro, “que ainda é concentrador e não privilegia uma grande camada de excluídos nesse país.” Já Julia, afirmou: “Sabemos que, das categorias de trabalhadores, essa [a rural] é 100% usuária do SUS. Então, quando os trabalhadores rurais falam que enfrentam problemas e dificuldades, eles devem ser ouvidos e levados em consideração.” Segundo Carlos, “existe um espaço a ser preenchido entre a construção de uma política e a sua implementação, e que esse projeto é um elemento para fazer com que a gente avance em um processo de concretização dessas políticas na vida e no cotidiano de cada um de vocês.” Socorro Souza afirmou que é preciso “mudar o lugar de pensar e fazer saúde. Não é no conselho, no seminário, é na escola de formação política de trabalhadores rurais, na ENFOC. Temos que pensar a política de saúde sem as amarras da formalidade que nós, do campo, somos na maioria das vezes excluído.” PROGRAMAÇÃO Amanhã pela manhã (3), será feito um olhar sobre a situação do Campo e da Floresta a partir de concepções e práticas na saúde dos sujeitos do campo, das florestas e das águas e como estas dimensões se articulam e dialogam com a implementação da PNSIPCF. À tarde, será debatido o tema da participação e controle social como diretrizes da gestão pública atual. No dia seguinte (4), serão feitas relações entre a PNSIPCF e o Projeto de Formação de Lideranças para a implementação da Política e haverá a exposição sobre a estrutura do Projeto. FONTE: Imprensa CONTAG - Julia Grassetti