A primeira quinzena de 2011 ficou marcada pelas tragédias naturais no Rio de Janeiro. Chuvas torrenciais deixaram a região serrana do estado fluminense em condição deplorável e vitimaram fatalmente mais de 500 pessoas.
Segundo o presidente da Federação de Agricultura, Pecuária e Pesca do Estado do Rio de Janeiro, Rodolfo Tavares, os moradores da área mais atingida pelas chuvas são agricultores familiares. “A região serrana é tipicamente hortigranjeira e habitada principalmente por agricultores familiares. É um desastre que jamais foi visto no Rio de Janeiro, e acredito que tenha essa mesma proporção nacionalmente”, contou.
A Federação de Trabalhadores e Trabalhadoras do Estado do Rio de Janeiro (Fetag-RJ) entrou em contato com o governo fluminense para garantir a atenção máxima aos produtores atingidos. “A Fetag enviou uma correspondência para o Christino Áureo (secretário de Agricultura) e para o Sérgio Cabral (governador) pedindo para que o estado priorize as buscas às áreas rurais atingidas”, informou a secretária administrativa da Fetag-RJ, Sandra de Castro.
O secretário de Agricultura do Rio de Janeiro, Christino Áureo, pediu ajuda federal para que os trabalhadores rurais prejudicados pelo fenômeno natural não tenham prejuízo financeiro. “Já contatamos a presidenta Dilma Rousseff e deixamos claro que precisamos do apoio dos ministérios para reestruturar o Pronaf aqui no Rio. Só a prorrogação dos prazos não soluciona, visto que a chuva prejudicou não só as plantações. Em alguns casos a terra ficou tão prejudicada que tornou-se infértil”, disse Christino.
Ele ainda afirmou que as equipes de busca encontram problemas para adentrar e continuar o trabalho de resgate na área ocupada pelos produtores. “Estamos nos concentrando em desobstruir as vias de acesso com todo maquinário disponível. Assim que conseguirmos, pretendemos dar o primeiro suporte às vítimas para depois dar as condições necessárias para que elas se reestabeleçam”, afirmou o secretário, que logo depois lamentou a situação. “É muito triste ver o Rio de Janeiro assim”. FONTE: João Paulo Biage, Agência Contag de Notícias