Durante a passeata pela Esplanada dos Ministérios, as lideranças sindicais do MSTTR falaram aos trabalhadores e trabalhadoras rurais que vieram a Brasília para o Grito da Terra Brasil 2008. Segundo o presidente da Contag, Manoel dos Santos, a mobilização vai cumprir o objetivo de garantir melhores condições de vida no meio rural.
"Estamos protestando contra a injustiça, a desagregação social e o empobrecimento das famílias do campo. Somos contra a concentração de terras e de renda, representadas por grandes produtores como os do setor de soja. Com o Grito da Terra, chamamos a atenção de todo o Poder Público para essa realidade e não vamos descansar até que se faça justiça à agricultura familiar", afirmou.
O secretário geral da UITA - União Internacional dos Trabalhadores na Alimentação para a América Latina e Caribe, Gerardo Iglesias, abordou a violência que hoje intimida as famílias do campo. "Basta dessa violência vergonhosa. Queremos a reforma agrária já. A Contag e seus filiados representam a maior organização sindical do mundo e nós da UITA estamos juntos nessa luta, assim como todas as lideranças sindicais da América Latina, África e Europa".
Unidade - Representantes de centrais sindicais brasileiras também discursaram na abertura do GTB. "O que a Contag conquistou até hoje para a agricultura familiar é fruto de mobilizações de peso, como o Grito da Terra Brasil. Precisamos de políticas públicas que facilitem a produção e mantenham o respeito dos trabalhadores rurais", afirmou Quintino Severo, secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Wagner Gomes, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), também reafirmou o apoio da entidade ao GTB. "A Contag é o pólo de unidade dos movimentos sindicais. O campo precisa de reforma agrária urgente e nós da CTB estamos juntos nessa caminhada". FONTE: Pedro Henrique Barreto