Quem disse que o biodigestor é tecnologia apenas para as grandes empresas? Por ter um baixo custo, ser de fácil manejo e ter a capacidade de produzir o biogás também pode ser utilizado em escala familiar. Essa é a proposta do Projeto Biodigestor: Uma tecnologia Social no Programa Nacional de Habitação Rural - PNHR. Essas informações serão apresentadas no Encontro Estadual, que ocorrerá nos dias 13 e 14 de novembro, às 8h, no Clube Harmonia, em São Luiz Gonzaga. O vice-presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, e Márcio Langer, assessor de Política Agrícola, estarão presentes.
A Associação Sepé Tiaraju, que tem à frente Geovani Luiz Hoff, também presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de São Luiz Gonzaga, vai ser a responsável pela implementação de 56 biodigestores de pequeno porte para beneficiários do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR) associados de Sindicatos dos Trabalhadores Rurais e Cooperativa Habitacional da Agricultura Familiar (Coohaf) da Fetag. As famílias beneficiadas são de Santo Antônio, São Luiz Gonzaga, Rolador, São Nicolau e Roque Gonzales serão beneficiadas com a implantação dessa tecnologia. No Brasil, o projeto beneficiará 335 famílias agricultoras de seis estados (Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás, Pernambuco e Bahia), em 23 municípios.
O encontro é uma das ações do projeto promovido pela ONG Diaconia, com o apoio do Fundo Socioambiental da Caixa Econômica Federal e em parceria com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag). “O projeto tem o objetivo de disseminar o biodigestor em pequenas propriedades rurais, a partir de resíduos orgânicos provenientes, de atividades pecuárias em escala familiar”, afirmou o coordenador do Projeto Reginaldo Alves. A expectativa do evento é reunir atores diretamente envolvidos no processo de produção e manuseio da tecnologia, a fim de proporcionar o entendimento sobre a importância dos biodigestores nas habitações rurais, suas questões técnicas e mobilização social. O encontro servirá para nivelar as informações, trabalhar as questões referentes à construção da tecnologia, bem como o cadastramento das famílias, formação de novos técnicos e pedreiros a nível local. Por ser uma fonte renovável, sustentável e de baixo custo tem atraído a atenção de pessoas de diversas localidades.
Com o biodigestor há uma diminuição da liberação do gás metano na atmosfera; Ocorre a gestão de recursos (esterco animal, gás, adubo orgânico), fortalecendo a economia familiar, a produção agrícola e de forragem; Além de proporcionar uma melhor integração de tecnologias de produção de energia com a produção agrícola e pecuária; Melhoria da sanidade animal resultante da limpeza permanente nos currais e chiqueiros, bem como a diminuição de maneira significativa da infestação dos animais por parasitas. Além disso, proporciona a Mobilização social presente no processo de construção do biodigestor, que envolve a organização e processos educativos ecológicos.O biodigestor facilita a execução de atividades simples, como cozinhar, aquecer currais, esterilizar equipamentos entre outros. Além de produzir o biogás, também é retirado o biofertilizante, um adubo natural, que aumenta a fertilidade do solo e a saúde das plantações. Tudo isso, gera uma boa economia mensal para as famílias.
SERVIÇO: O QUÊ - “Encontro Estadual Biodigestor: uma tecnologia social do Plano Nacional de Habitação Rural”
QUANDO – Dias 13 e 14/11 HORA: 8h às 18h ONDE: Clube Harmonia/ São Luiz Gonzaga-RS O BIODIGESTOR Tecnologia que possibilita a produção de gás inflamável (biogás) através da fermentação do esterco animal. Esta é a proposta do Biodigestor, fonte de energia complementar (ou alternativa) utilizada em substituição à lenha, ao carvão vegetal e ao gás liquefeito de petróleo (GLP – gás de cozinha comprado em botijões), cujo impacto sobre o meio ambiente é maior. A utilização do biogás traz importantes ganhos ambientais, pois reduz a emissão de gases do efeito estufa e minimiza a pressão sobre o bioma, além de representar uma importante economia para as famílias agricultoras. O processo de geração de biogás é simples. Depois de recolhido, o esterco do gado é colocado dentro da “caixa de carga”, de onde segue para o “tanque de placas”, local em que transforma-se numa fração gasosa (o biogás), outra líquida e uma terceira sólida. As duas últimas frações, descartadas através da “caixa de descarga”, são subprodutos que também podem ser utilizados na fertilização do solo para agricultura. A DIACONIA O Biodigestor é uma tecnologia originária da Índia e China. Ele foi adaptado para as condições do semiárido brasileiro e vem mudando a realidade de famílias agricultoras. Desde 2005, a Diaconia vem disseminando essa tecnologia e em 2011 a experiência ganhou o Prêmio Melhores Práticas em Gestão Local promovido pela CEF, ficando entre as oito Melhores Práticas do País; atualmente a experiência com o Biodigestor está entre as 48 mundiais, passando a integrar o Banco de Dados da ONU/Habitat pelo desenvolvimento da tecnologia de baixo custo e capacidade de multiplicação em diferentes regiões do mundo. FONTE: Assessoria de Comunicação da FETAG-RS - Luiz Fernando Boaz