O vice-presidente da Contag e secretário executivo da Coprofam, Alberto Broch, discursou na abertura da II Reunião do Foro Mundial Campesino - FIDA, em Roma, na Itália, no último dia 11. Ele destacou a necessidade de governos, organizações e entidades da sociedade civil trabalharem em conjunto por políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável e a soberania e segurança alimentar.
Segundo Alberto, o mundo exige mudanças profundas no âmbito das Nações Unidas para que as demandas das organizações de campesinos, indígenas e pescadores artesanais sejam atendidas. "É necessária vontade política para que as agências das Nações Unidas resgatem sua credibilidade e construam o compromisso de promover ações e experiências concretas para o conjunto de produtores e para a sociedade civil. Só assim poderemos produzir alimentos de modo a superar, ou pelo menos reduzir a fome no mundo", alertou.
O dirigente também valorizou o primeiro passo dado pelo FIDA nesse processo, com a abertura do diálogo político com as organizações do campo e do mar. "Neste particular, somos solidários com as pessoas que tiveram a perseverança e a coragem de começar esta mudança dentro do FIDA, inclusive, transgredindo a lógica da política geral da instituição".
O encontro em Roma serve de preparação para a 31ª. Reunião do Conselho de Governadores do FIDA e pretende estabelecer trabalhos conjuntos que resultem em avanços concretos ao conjunto de produtores familiares, campesinos e indígenas.
Confira os principais pontos que estão sendo defendidos pela Contag e Coprofam no Foro Mundial Campesino.
- Renovar o compromisso com a construção e fortalecimento do Foro Mundial Campesino enquanto espaço de consulta, diálogo político e de recomendações ao Conselho de Governadores do FIDA para a eliminação da pobreza e fome no mundo. - Garantir que o Foro seja um efetivo espaço tripartite de socialização, acordo e luta contra a pobreza rural nos países em desenvolvimento.- Avaliar a implementação e execução das metas e ações determinadas na I Reunião do FMC 2006-2008 - Contribuir para que os governos avançarem com a construção e implementação de políticas públicas para os AFCI (acesso a terra e reforma agrária, crédito, assistência técnica, comercialização, acesso aos mercados e outras) - Colaborar para que a II Reunião do FMC se concretize em um passo à frente para a construção de um mundo mais justo e solidário.