No combate as violações de direitos dos povos do campo, águas e florestas, a Campanha Nacional Contra Violência no Campo, lançou a Carta Compromisso Pelo Fim da Violência no Campo. O manifesto pode ser assinado por qualquer candidato ou candidata às Eleições de 2022 e, que através do seu mandato assuma o compromisso de enfrentar e superar a violência no campo e de defender a vida em primeiro lugar.
A Carta ainda afirma o papel de cada candidato e candidata para “revogar, revisar e impedir a aprovação de Leis, Decretos, Portarias, Instruções Normativas que impedem o acesso a direitos dos povos do campo das florestas e das águas e que agravam a violência no campo, como a legalização da grilagem e privatização de terras públicas, autorização do uso de agrotóxicos, flexibilização das leis de proteção ambiental, revisão de unidades de conservação já criadas, facilitação de compra e ampliação do limite de concentração terras por estrangeiros, fixação de marco temporal para demarcação de terras indígenas e quilombolas, mineração e arrendamentos em terras indígenas e de comunidades tradicionais, dentre outros”. Leia a íntegra da Carta Compromisso Pelo Fim da Violência no Campo AQUI.
Candidato e candidata, para assinar a Carta e preencher o formulário é só clicar AQUI.
Até esta segunda-feira (26 de setembro), 75 candidaturas assinaram a Carta Compromisso Pelo Fim da Violência no Campo. Saiba quem assinou AQUI.
“É imprescindível que candidatos e candidatas às Eleições 2022 aos governos (federal, estaduais e municipais), bem como no Congresso Nacional (Câmara Federal e Senado) e nas Assembleias Legislativas, priorizem e promovam nos seus projetos políticos, ações por um Brasil sem violência no campo e com reforma agrária já!” pontua o secretário de Política Agrária da CONTAG, Alair Luiz dos Santos.
A Campanha Contra a Violência no Campo foi lançada no dia 02 de agosto de 2022, com adesão da CONTAG e de mais de 50 entidades. Saiba mais AQUI.
O último relatório Conflitos no Campo Brasil da CPT registrou em 2021 no Brasil, 1768 ocorrências de conflitos no campo, com 897.335 pessoas envolvidas e 35 assassinatos. Em relação aos assassinatos houve um crescimento de 75% em relação a 2020, quando foram registrados 20 assassinatos. Desse total, 80% dos assassinatos foram na Amazônia Legal, sendo 11 assassinatos só no estado de Rondônia, seguido pelo Maranhão – 09 assassinatos, Roraima, Tocantins e o Rio Grande do Sul, ambos com 03 assassinatos.
De acordo com relatório, os estados com maior número de conflitos registrados são: o Pará – 156 casos, Bahia – 134, Maranhão – 97, Pernambuco – 88 e Mato Grosso – 79.
Fonte - Comunicação CONTAG: Barack Fernandes