tweet

WhatsApp

Silvana trouxe lá do município Rio do Campo, em Santa Catarina, as sementes do café de baraço, milho roxo e milho asteca.

“Muito bom fazer a troca de sementes com outras pessoas. Para mim é uma experiência nova e muito boa, pois é a primeira vez que tenho a possibilidade de conhecer outras culturas cultivadas no nosso Brasil”, destacou Silvana da Silva. Do município de Dois Riachos em Alagoas veio Maria Raelma, trazendo na bagagem sementes de milho elefante, feijão moreninho e abóbora da mãe. “A troca de sementes é importante porque a gente conhece a variedade e riqueza que só a agricultura familiar é capaz de preservar”, diz Maria Raelma Oliveira Cavalcante. Já Benedito trouxe de Matões do Norte no Maranhão, fava branca e sementes de gergilim. “Quero levar para nosso município e Sindicado a importância de cultivar e preservar as sementes crioulas. Penso que a ideia da Feira pode ser também implantada em nossos Territórios”, afirma Benedito Oliveira. As histórias de Silvana, de Maria e Benedito, se encontraram na Feira de Sementes e Sabores da 3ª Plenária Nacional da Juventude Rural, que aconteceu na noite desta quarta-feira (30).

A Feira abre uma oportunidade para que a juventude reflita sobre a relação entre a preservação das sementes e a sucessão rural. Afinal, guardá-las significa lutar pela diversidade e valores locais mantidos pela agricultura familiar. “O Processo de desenvolvimento rural local sustentável e solidário que trabalhamos dentro do nosso Projeto Alternativo visa quebrar essa barreira das grandes commodities e a linha do agronegócio que acha que a economia gira entorno de duas ou três grandes culturas, como soja, milho e algodão. A agricultura familiar precisa romper com esse conceito errôneo e retomar a sustentabilidade na produção de alimentos local, com respeito a diversidade dos nossos biomas e do material genético que temos. Portanto, a troca de sementes cumpre esse papel”, afirmou a secretária de Jovens da CONTAG, Mazé Morais.

Outro objetivo da Feira é fazer com que a juventude rural do Movimento Sindical reflita sobre como contribuir para que as organizações ligadas a agricultura familiar, criem seus bancos de sementes nas regiões, nos estados, nos municípios, nos sindicatos, nas cooperativas, etc.

A troca de sementes e saberes na Feira ainda abre uma reflexão sobre quais condições o Estado pode oferecer para o Movimento Sindical organizar os bancos de sementes na perspectiva de não perder essa enorme gama genética da agricultura familiar que é responsável pela manutenção e variedade de alimentos no Brasil e no mundo.

CONTAG e EMBRAPA renovam Acordo Geral de Cooperação Técnica Vale ressaltar que em 21 de setembro a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) renovaram o Acordo Geral de Cooperação Técnica. Entre as ações garantidas através do Acordo, estão seminários, capacitações de multiplicadores (as) para valorização e propagação de sementes crioulas, jornadas temáticas de organização da produção e meio ambiente, bem como a participação da CONTAG nas oficinas territoriais para elaboração de propostas de projetos para o Fundo Amazônia (Cooperação Embrapa – BNDES), entre outras. FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Barack Fernandes

tweet

WhatsApp