Os movimentos sociais do Estado do Pará - em sua maioria dirigidos por trabalhadores e trabalhadoras ligadas ao Partido dos Trabalhadores - PT - passaram as últimas semanas elaborando pautas de reivindicação para apresentar a nova governadora Ana Júlia Carepa. O primeiro teste com as bases vai acontecer a partir de abril, quando começam as campanhas salariais dos servidores públicos e ganha mais calor, em maio, com a realização do Grito da Terra Estadual. O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri), Carlos Augusto Silva, adianta que, na pauta de 2007, a assistência técnica voltará a ser uma das principais reivindicações. A Fetagri quer que o novo governo faça um levantamento da necessidade de pessoal para ampliar a presença da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) em todo o Estado. Os trabalhadores também listaram cobranças nas áreas de educação, segurança e crédito.Na área de segurança, a Fetagri vai pedir que seja criado um sistema de inteligência para investigar ameaças de morte a trabalhadores rurais e a lideranças como bispo do Xingu, som Erwin Krautler.Carlos Augusto diz que a Fetagri está otimista com a escolha do advogado Jerônimo T recani para uma assessoria no Instituto de Terras do Pará (Iterpa). 'É uma pessoa que conhece a nossa trajetória', justifica. Em relação ao Iterpa, a principal demanda da Fetagri é que o Estado passe a fazer assentamentos nas terras estaduais. Um convênio com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) permitiria que o governo federal repassasse os recursos dos programas da reforma agrária para essas áreas.Jovens, mulheres, portadores de necessidades estão entre grupos cujos representantes já apresentaram sugestões ao governo. A Associação dos Portadores de Necessidades Especiais, por exemplo, entregou documento em que pede a inclusão, no Plano Plurianual e no orçamento do Estado, de recursos para políticos que atendam ao setor.