A produção de alface numa propriedade do município de Pirenópolis (GO) está chamando a atenção na região. O agricultor Paulo Henrique, de apenas 31 anos, mora na cidade, mas trabalha no Sítio Barro Branco, onde vivem seus pais, Raul Alves Peixoto e a dona Iraci Souza Campos. Na propriedade dos pais, o rapaz trabalha todos os dias em sua plantação, que ocupa meio hectare. Paulo Henrique cresceu com os pais na plantação e se juntou a eles na produção de hortaliças. Tudo é plantado com muita dedicação. A produção chega fresquinha nas feiras e nos supermercados da região para que os consumidores possam comer alimentos sem agrotóxicos e saudáveis.
Sou jovem e amo o que faço. Meu trabalho é no campo e não penso em sair daqui para trabalhar na cidade. Até porque estou muito satisfeito com minha fonte de renda, juntamente com meus pais. E você que é jovem e tem essa oportunidade de trabalhar nas terras dos seus pais, invistam em uma produção, porque vale a pena, ressaltou o jovem agricultor.
Temos a certeza que a agricultura familiar tem importante participação na produção de alimentos que compõem o prato diário dos brasileiros, e nos trabalhadores rurais e dirigentes sindicais, temos que lutar por melhorias no dia a dia dos trabalhadores e das trabalhadoras rurais. Não fique só, fique sócio, fique sócia do seu sindicato para que juntos e unidos lutaremos por melhores condições de vida no campo, declara a presidenta do sindicato de Pirenópolis, Fernanda de Pina Pereira.
A sucessão familiar é um dos temas que mais preocupa não apenas a Federação dos Trabalhadores Rurais na Agricultura Familiar do Estado de Goiás (FETAEG) como todo o Sistema CONTAG, pois a maioria dos jovens agricultores(as) está optando em deixar as propriedades e encontrar outras oportunidades de trabalho nas cidades. Porém, se de um lado percebe-se que muitas propriedades rurais no estado de Goiás não possuem sucessores(as), de outro, vê-se jovens buscando alternativas para permanecer no campo.
Para o MSTRR, tanto os governos estaduais quanto o federal devem investir em políticas nos setores da cultura, lazer, esportes e que garantam a acessibilidade à internet e telefonia móvel, renda e trabalho decente no meio rural. Estas são ferramentas que vão definir a permanência dos nossos jovens na agricultura familiar. O campo deve oferecer a mesma tecnologia e modernidade que o jovem pode encontrar na cidade, ressaltou diretora de Jovens da FETAEG, Dalila dos Santos. A educação para o campo, com atividades e assuntos sobre o meio rural também é fator determinante para que os agricultores permaneçam nas propriedades. FONTE: Assessoria de Comunicação FETAEG - Danilo Guimarães, com edição de assessoria de Comunicação CONTAG - Lívia Barreto