Uma Audiência Pública nesta quarta-feira (15/08), às 10h, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), coloca em pauta a situação dos canavieiros e canavieiras da Usina Cruangi, sediada em Timbaúba, que estão há mais de 90 dias sem receber salários e também não têm garantidos outros direitos trabalhistas, como o FGTS e o INSS. O objetivo é que a atividade reúna, além de representantes da categoria, suas entidades representativas (Fetape e Sindicatos) e deputados, diferentes autoridades que possam contribuir para que esse problema seja resolvido. Dezenas de trabalhadores dos seis municípios da base da Usina devem garantir presença na audiência, que é a segunda realizada este mês. A primeira ocorreu no dia 7 de agosto, quando uma comissão suprapartidária da Assembleia viajou ao município de Timbauba para discutir a situação. A iniciativa foi do deputado Aluísio Lessa. Mobilizações Na tentativa de garantir os direitos sociais e trabalhistas dos canavieiros da Usina Cruangi, a Fetape, por meio da Diretoria de Política Salarial, e Sindicatos dos Trabalhadores Rurais realizaram uma série de ações nos últimos dias: mobilização da categoria para a ocupação do pátio da empresa, reuniões com o Governo do Estado, participação na Audiência Pública promovida pela Alepe e até o pedido de desapropriação dos engenhos mantidos pelos acionistas da Usina. Além de não receberem salários, os canavieiros não têm garantia de que haja moagem ainda este ano. Mais de dois mil empregados no corte da cana estão prejudicados com essa situação. A Fetape já teve, inclusive, que providenciar cestas básicas, junto o Governo do Estado, para garantir a alimentação dessas famílias. A ocupação da Usina aconteceu na manhã do dia 30 de julho, e a liberação só ocorreu no dia seguinte, quando os trabalhadores foram orientados a entrar com ações trabalhistas contra os empregadores. O argumento dos administradores da Cruangi para o atraso dos salários é o fato de o Tribunal Regional Federal ter bloqueado todo o patrimônio físico e financeiro da Usina, por conta de dívidas tributárias com a União. FONTE: Assessoria de Comunicação da FETAPE - Ana Célia Floriano