Os Ministérios do Desenvolvimento Agrário e do Trabalho e Emprego foram os primeiros a receber as reivindicações dos trabalhadores e trabalhadoras rurais na tarde desta quarta-feira (30 de maio), em Brasília. Ao caminhar pela Esplanada dos Ministérios, o grupo fez a primeira parada em frente ao MDA, responsável pela execução das políticas voltadas para a agricultura familiar.
Representantes das cinco regionais e lideranças de organizações sociais do campo reivindicaram ao governo federal o fortalecimento deste ministério. O Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) entende que o MDA precisa ter estrutura e recursos necessários para trabalhar todas as demandas apresentadas pela agricultura familiar brasileira.
O secretário de Política Agrária da CONTAG, Willian Clementino, aproveitou para cobrar do ministério o assentamento de milhares de famílias que aguardam ser assentadas há anos. “Também queremos respostas concretas à pauta do GTB”, completa.
Em frente ao MTE, a pressão foi maior. Afinal, este ministério concentra demandas importantes da categoria, como a concessão dos registros sindicais, resolver a questão da representatividade sindical, criar uma política de qualificação dos assalariados e assalariadas rurais que estão perdendo os postos de trabalho para a mecanização no campo. Os trabalhadores(as) também reivindicam do governo a reestruturação do MTE e realização de concurso para a contratação de mais auditores fiscais do trabalho para que as fiscalizações sejam intensificadas no meio rural, que ainda sofre com o alto índice de trabalho análogo ao escravo.
O secretário de Assalariados e Assalariadas Rurais da CONTAG, Antonio Lucas, apresentou aos trabalhadores a resposta que a confederação recebeu no início desta tarde do ministro Brizola Neto. “Esse documento é um protocolo de intenções, não é uma resposta concreta”, anuncia indignado. Neste instante, todos vaiaram a atitude do novo ministro em frente ao MTE. A expectativa do dirigente é que a presidenta anuncie ainda hoje a resposta à pauta dos assalariados(as) rurais, que está em negociação desde março deste ano. FONTE: Imprensa CONTAG - Verônica Tozzi