O Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, celebrado no 1º de Maio no Brasil e em vários países, é uma data importante para reafirmar a luta da classe trabalhadora pela manutenção das conquistas e por mais direitos. Nesse ano, em especial, os trabalhadores e trabalhadoras brasileiros(as) também foram às ruas para somar forças e denunciar o golpe, lutar pela democracia e dizer não ao retrocesso.
Em todas as capitais e em centenas de municípios foram realizadas ações, como viradas culturais, marchas, debates, atos políticos, entre outros. Em Brasília, onde a CONTAG esteve presente, a Virada Cultural, realizada no sábado (30), reuniu as famílias, juventude, artistas e militantes. Já no domingo, milhares de trabalhadores e trabalhadoras participaram do ato político, com apresentações culturais, no estacionamento da Torre de TV, na região central de Brasília.
Centenas de trabalhadores e trabalhadoras rurais de acampamentos e projetos de assentamento do Distrito Federal e entorno, coordenados pela FETADFE, fortaleceram a representação da CONTAG no ato, com a presença de dirigentes, assessores(as) e funcionários(as). Dois dirigentes da Confederação, Alessandra Lunas e Willian Clementino representaram a entidade com falas fortes e mobilizadoras.
A secretária de Mulheres da CONTAG e coordenadora da Marcha das Margaridas, Alessandra Lunas, reforçou que todos e todas precisam ficar mobilizados para enfrentar os próximos desafios. “Temos muitas tarefas para os próximos dias. Devemos ficar alertas para essa ‘Ponte para o Futuro’, projeto político do PMDB, que também podemos chamar de ‘Ponte para o Abismo’ ou ‘Pinguela para o Passado’, que prega o retrocesso nos direitos sociais e trabalhistas. Somos contra eleições diretas nesse momento, pois somos contra o golpe”, defende a dirigente.
O vice-presidente e secretário de Relações Internacionais da CONTAG, Willian Clementino, destacou a importância desse dia de lutas para os trabalhadores e trabalhadoras brasileiras(os). “Não queremos retroceder nas conquistas trabalhistas e na reforma agrária com esse governo golpista que apresenta como projeto político essa ‘Ponte para a desgraça’. Esse é um momento de luta e nós, trabalhadores e trabalhadoras, já estamos e vamos permanecer nas ruas e vamos ocupar também as estradas para enfrentar o latifúndio e essa polícia burguesa. Nós contaguianos não reconhecemos esse governo golpista. Vamos continuar mobilizados e em luta. Reforma Agrária Já! Reforma Urbana Já!”, ressalta Clementino.
O ato em Brasília também contou com a presença da senadora Fátima Bezerra (PT-RN), da deputada federal Erika Kokay (PT-DF), do ex-ministro Gilberto Carvalho, de representantes dos partidos PT, PSOL, PCdoB e PCO, da CUT, CTB, da Via Campesina, entre outras organizações ligadas à Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo.
A deputada Erika Kokay fez um discurso forte e carregado de emoção. A parlamentar lembrou o início das lutas da classe trabalhadora, como a que ocorreu em Chicago, nos Estados Unidos. “Essa luta continua atual. Cada direito conquistado foi resultado de muita luta e esses direitos devem ser preservados. E a mãe de todos eles chama-se Democracia. O golpe está desnudo e mostrou a sua face no dia 17 de abril. A manutenção do deputado Eduardo Cunha na Câmara e na presidência da Casa é fruto de um acordo de golpe contra a presidenta Dilma. Está claro esse acordo das trevas. Estamos em defesa do que o País conquistou ao longo dos anos que são os nossos direitos.” FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Verônica Tozzi