Nesta terça-feira (20), os trabalhadores e trabalhadoras rurais da hortifruticultura do vale do são Francisco e a classe patronal iniciaram as negociações coletivas. A primeira mesa ocorreu na tarde de hoje no auditório do Centro de Convenções, em Petrolina.
Os assalariados e assalariadas rurais filiados aos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) de Petrolina, Santa Maria da Boa Vista, Belém do São Francisco, Lagoa Grande, Cabrobó (Pernambuco), Juazeiro, Casa Nova, Sento Sé, Sobradinho, Curaçá e Abaré (Bahia) discutiram com o patronato a Pauta de Reivindicações da categoria.
A Pauta deste ano inclui seguro desemprego na entressafra, redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, transporte seguro e gratuito, hora extra de 200% e fornecimento de ferramentas e equipamentos de segurança individual. Os assalariados e assalariadas pedem reajuste salarial de R$ 558.
As reivindicações desta Campanha Salarial foi aprovada no dia 21 de dezembro, em assembléia. O documento tem 88 itens e foi repassado à classe patronal três dias depois.
Apesar da tensão que a crise econômica vem causando na região, o presidente do STTR Petrolina, Francisco Pascoal, espera que a classe patronal se sensibilize para as causas dos trabalhadores. "Não podemos massificar o discurso da crise na mesa de negociações, temos conhecimento da sua existência, mas sabemos também que para vencê-la o trabalhador do campo precisa atuar de forma digna e satisfatória", ressalta o dirigente sindical.
A Convenção Coletiva de Trabalho 2009/2010, que será o resultado das negociações, deve beneficiar cerca de 200 mil pessoas que trabalham com as diversas atividades do setor de hortifruticultura no Vale do São Francisco. FONTE: STTR de Petrolina