Neste momento, representantes dos trabalhadores da empresa Veracel Celulose (CONTAG, FETAG-BA e STTR) e patrões encontram-se em negociação da pauta da data-base 2012/2013. Cerca de 350 trabalhadores e trabalhadoras da colheita e do viveiro da empresa, localizada em Eunápolis/BA, entraram em greve na manhã desta segunda-feira (18) por tempo indeterminado porque o acordo está com cinco meses de atraso. Três itens estão na lista de prioridade: definição do piso da categoria; aumento do salário base dos operadores da colheita florestal; e negociação da cesta básica de R$ 299,00.
O secretário de Assalariados Rurais da FETAG-BA, Antonio Inácio Ribeiro, disse que “a expectativa dos trabalhadores é que hoje já saia da reunião uma proposta para ser analisada, apesar da falta de empenho da empresa em fazer uma boa negociação para ambas as partes.”
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Eunápolis, Tico Lisboa, os trabalhadores só devem voltar ao trabalho a partir de uma definição da empresa. Lisboa disse ainda que salário base da categoria sofreu uma redução tão grande que hoje é menor que o salário mínimo, ou seja, R$ 640,00. “Como a empresa não pode pagar menos que o mínimo ajustou para R$ 678,00, mas a gente está pedindo R$ 750,00”, afirmou Tico.
Os trabalhadores da colheita mecanizada reivindicam um reajuste de 10% sobre o salário atual, além de adicional de insalubridade e periculosidade incorporado aos salários e melhores condições de trabalho no setor, dentre outros pontos presentes na pauta.
Portanto, o secretário de Assalariados(as) Rurais da CONTAG, Antonio Lucas, também afirmou que espera que a empresa volte a negociar o quanto antes com os trabalhadores e as trabalhadoras. “Só depende dos empresários o bom entendimento e o retorno dos trabalhadores ao trabalho”. FONTE: Imprensa CONTAG Verônica Tozzi (com informações do site Radar 64)