Cerca de cinco mil trabalhadores e trabalhadoras rurais, organizados pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Rondônia (Fetagro) e Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTRs) realizam na próxima terça-feira e quarta-feira (27 e 28), em Porto Velho, o Grito da Terra Estadual 2013. Os trabalhadores irão cobrar do governo estadual e órgãos federais respostas à pauta de proposições e reivindicações.
Na programação, algumas manifestações deverão ser realizadas junto aos órgãos públicos com objetivo de obter respostas concretas às reivindicações. Os trabalhadores e trabalhadoras rurais ficarão acampando na sede do Incra até o dia 28, quando o governador deverá receber uma comissão composta pela diretoria da Fetagro e representantes dos 41 Sindicatos filiados a Federação para entregar o caderno de respostas à pauta.
Apresentando demandas abrangentes e fundamentais para agricultura familiar em todo Estado, a pauta vem sendo negociada desde a última semana junto ao governo estadual, por meio das secretarias de governo e da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron). Discutida também com órgãos do governo federal como Delegacia Federal do Desenvolvimento Agrário/MDA, Incra, Embrapa, Programa Terra Legal, INSS, Senar e Conab; e as instituições financeiras Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco da Amazônia. As negociações serão retomadas durante a realização do Grito.
A pauta do Grito da Terra Estadual concentra 178 propostas que expressam as principais reivindicações de aproximadamente 120 mil homens e mulheres do campo. O documento faz referencia a temas como regularização fundiária e ambiental; organização da produção; fim dos conflitos agrários; habitação rural; educação do campo; saúde, esporte, cultura e lazer do/no campo; segurança pública do/no campo; meio ambiente; crédito fundiário; assalariados (as) rurais.
De acordo com o presidente da FETAGRO, Fábio Menezes, o Grito da Terra é uma ação de massa dos trabalhadores(as) rurais, instituído para servir de espaço de discussão e negociação de políticas públicas para a agricultura familiar com os poderes públicos estadual e federal . “Essa mobilização é a data base da negociação da classe trabalhadora rural com o poder público constituído”, afirma Fábio.
Neste momento, os trabalhadores(as) rurais de Rondônia ocupam a sede da Eletrobrás. A previsão é que fiquem concentrados durante todo o primeiro dia de mobilização, com uma vigília à noite, à luz de lamparina, lampião e velas. O objetivo é protestar contra a falta de luz em aproximadamente 17.000 propriedades rurais. FONTE: Assessoria de Comunicação da FETAGRO - Luciane Machado