A CONTAG está muito satisfeita com os debates e resultados obtidos nas Oficinas Estaduais sobre Sustentabilidade Político-Financeira já realizadas em alguns estados. Um dos destaques apresentados pelo secretário de Finanças e Administração da CONTAG, Juraci Souto, é o grande interesse dos(as) dirigentes das Federações e Sindicatos em participar da atividade. “Tratamos de assuntos que estão diretamente relacionados com o dia a dia das federações e dos sindicatos, então, são assuntos que têm tudo a ver com eles. E estamos constatando um interesse muito grande. Na oficina de Goiás, por exemplo, que começou ontem (02), tínhamos uma perspectiva de comparecimento de 30 pessoas e vieram 55 pessoas”, comemora Juraci.
Apesar de perceber animação por parte do público-alvo das oficinas, ao mesmo tempo, todos e todas estão demonstrando certa preocupação com a atual conjuntura política, econômica e social brasileira e os seus impactos para o movimento sindical e para os agricultores e agricultoras familiares. A situação não está fácil, a perspectiva não é favorável e precisamos realmente nos precaver, nos prevenir, nos estruturar para se, por ventura, a crise prevalecer e for cada vez mais se aprofundando, teremos que estar preparados para superá-la e dar a volta por cima”, destaca o dirigente.
E esse tema também está sendo debatido na Oficina Estadual em Goiás, que está sendo realizada de 2 a 4 de maio, em Anápolis/GO. Segundo a secretária de Políticas Sociais da CONTAG, Edjane Rodrigues, que também participa da atividade, no primeiro dia foi feito um bom debate na análise de conjuntura. “Fizemos uma reflexão profunda em relação ao que foi o 1º de Maio, inclusive a participação da própria CONTAG nessas agendas de resistência, nossa ida a Curitiba, qual a mensagem que a gente transmite para a sociedade”, explica a secretária. As lideranças presentes também fizeram uma forte reflexão sobre a importância de desenvolver um trabalho de base mais articulado, com participação nos diversos espaços de controle social das políticas públicas, nas atividades nas comunidades e nos assentamentos, trabalhar a organização da produção como uma estratégia da política de ação sindical e, cada vez mais, ir ampliando a sustentabilidade do movimento sindical, tendo isso como uma possibilidade de dar continuidade à luta e ao fortalecimento da agricultura familiar.
Durante a oficina também foi discutida a necessidade de o movimento sindical investir, de fato, nas eleições de 2018, com candidaturas orgânicas e comprometidas com o Projeto Alternativo de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário (PADRSS); estratégias para superar esse cenário de crise de ataque à democracia e aos nossos direitos; e a necessidade de trabalharmos uma comunicação nas nossas bases com mais eficácia, que possa transmitir mensagem direta para os nossos trabalhadores e trabalhadoras. Foram trabalhados, ainda, questões financeiras, o tema da qualificação dos serviços oferecidos aos associados e associadas e destacamos que esta atividade integra a 4ª etapa de implementação do Plano Sustentar.
Edjane também fez uma avaliação bem positiva sobre o andamento dessa oficina de Goiás. “Discutimos sobre a importância de planejarmos as ações e executarmos de forma exitosa, sempre fazendo um link com a conjuntura atual. Também falamos que é preciso ter um olhar diferenciado para os sujeitos do campo, afinal, o meio rural não é mais o mesmo. Um dos encaminhamentos já aprovado foi a construção de uma agenda fixa para discussão nos polos, trocando experiências, buscando caminhos para superar as dificuldades de forma mais solidária e compartilhada”, avaliou a dirigente da CONTAG. No último dia da oficina, na sexta-feira (04), a oficina será encerrada com a assinatura de 14 adesões ao acordo firmado com a CONTAG referente ao INSS Digital.
Na próxima semana serão realizadas mais duas oficinas: no Rio Grande do Norte e no Piauí.
FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG - Verônica Tozzi