De forma muita franca o senador Paulo Paim compartilhou durante o Seminário Nacional de Assalariados e Assalariadas Rurais da CONTAG várias violações de direitos da classe trabalhadora que estão em tramitação no Congresso Nacional com o aval do governo Temer.
PEC 55 Paulo Paim afirmou que a PEC 55 é um ataque aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. “Estou no Parlamento há 30 anos e nunca vi tanto desrespeito com a classe trabalhadora como estamos vendo nos últimos 10 meses. Serão 20 anos sem investir em mais nada. Nem na saúde, nem na educação, que já não estão boas. É uma questão de reflexão simples. Nos próximos 14 anos vamos ter um aumento de 21 milhões de pessoas no Brasil. Como é que o orçamento vai atender esse povo todo?A crise e desemprego estão afetando milhões de pessoas, ou seja, são pessoas que estão saindo do chamado sistema de saúde privada em direção ao sistema de saúde pública. Temos aí 26 milhões de pessoas que vão ter que conviver com o mesmo orçamento. Não tem como! É unânime a condenação da PEC 55”, afirmou. TERCEIRIZAÇÃO “A cada 5 mortes no trabalho, 4 são de empregados terceirizados. A cada 10 acidentes de trabalho com sequelas, 8 são terceirizados. A cada 100 ações na justiça, 80 são de terceirizados. Meu relatório vai ser para garantir aos terceirizados os mesmos direitos daqueles que estão na empresa matriz. Não aceitarei em hipótese nenhuma terceirizar atividade fim. Vai ficar mesmo só atividade meio como é com a súmula do Tribunal Superior do Trabalho (TST)”. Paim ainda explicou que a terceirização segue a lógica de exploração dos (as) trabalhadores (as) pelo grande capital, guiada pela maximização do lucro e redução dos custos pelas empresas. TRABALHO ESCRAVO “Trabalho escravo a gente não regulamenta. Trabalho escravo a gente proíbe. É isso que vai constar no meu Relatório”. PREVIDÊNCIA SOCIAL “Eu não consigo acreditar que eles querem que a pessoa se aposente só depois dos 65 anos, depois de contribuir por 49/50 anos, enquanto a média de vida do povo brasileiro é de 64 anos. Eles querem aumentar a contribuição do (a) trabalhador (a) rural, do servidor e ainda dizer que 65 é a idade mínima para a aposentadoria de homem e mulher. São tempos difíceis e é preciso fazer o enfretamento”. UNIFICAÇÃO DA LUTA “Eu só quero dizer para vocês que as organizações e movimentos sociais, quer sejam de mulheres, de jovens, de militantes das mais variadas religiões, movimento LGBT... Temos que fazer Congressos Estaduais como no tempo da Constituinte. Precisamos pegar os nomes dos deputados (as) e senadores (as) que estão votando contra os trabalhadores e colar cartazes com o frase: TRAIDORES (AS) DO POVO!”. FONTE: Assessoria de Comunicação CONTAG - Barack Fernandes