Español   /   English   /   中国人   /   Français   /   Deutsch Arrecadação  /   SisCONTAG  /   Guias  /   Webmail  /   Eventos  /   Todos os sistemas  /   Login
               
 
 
ENTREVISTA
Secretário do MDA fala sobre os 13 anos do Pronaf
WhatsApp

23 de Janeiro de 2008

TEMAS RELACIONADOS:
entrevista

O Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) completa 13 anos em 2008, possibilitando aos agricultores familiares brasileiros o acesso ao crédito rural. Em entrevista, o secretário de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA), Adoniran Sanches Peraci, analisa os avanços do Pronaf e as medidas que o governo vem tomado para diminuir a inadimplência.

Quantas famílias são beneficiadas pelo Programa?

Peraci: Hoje, estamos celebrando dois milhões de contratos, mas o sistema de agricultores familiares no país engloba quatro milhões. Então, estamos cobrindo 50% dos estabelecimentos familiares. Temos uma meta para os próximos três anos de governo de alcançar 80% destes estabelecimentos.

Nos últimos anos cresceu o número de inadimplentes. Por que isso está ocorrendo e o que o governo tem feito para melhorar estes números?

Peraci: A agricultura, naturalmente, é uma atividade de risco. Todo o sistema de agricultura, seja comercial ou familiar, sofreu muito com as secas de 2003/2004 e 2004/2005 e, mesmo em 2006 colhendo bem, tivemos sérios problemas de preços. Colheu-se bem, mas vendeu-se mal. Foram, então, três anos consecutivos. O governo, na época, fez sucessivas prorrogações, que venceram no ano de 2007. É por isso que, agora, está em elaboração pelos ministérios da Fazenda (MF), Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Desenvolvimento Agrário (MDA) uma proposta para resolver o problema do endividamento do setor. Dentro do Pronaf, especificamente, temos dois milhões de contratos, dos quais 14% têm problema de atrasos e regularidade de pagamentos.

Quantos estão inadimplentes?

Peraci: Estes 14% do universo de dois milhões de agricultores familiares com contratos do Pronaf representam 280 mil famílias que estão com atraso na regularidade de seus pagamentos. Tem-se concentração maior nas operações de menor valor (grupo B Norte e Nordeste) e nas operações do grupo A.

A SAF/MDA publicou, em dezembro, uma portaria sobre a inadimplência determinando a suspensão dos empréstimos. Como funciona?

Peraci: Esta portaria é importante. Foi nos dada a competência, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), para gestionar a qualidade das operações do grupo B do Pronaf de até R$ 1,5 mil, ou seja, pequenos empréstimos, o microcrédito rural. Estes estão concentrados em grande parte no Nordeste, onde sofreram mais com a seca, onde o custo para a cobrança do empréstimo é muitas vezes maior do que o valor propriamente emprestado. A portaria que publicamos em dezembro de 2007 orienta os prefeitos e os conselhos municipais de desenvolvimento rural para que desenvolvam um plano municipal de recuperação e apresentem aos bancos do Nordeste (BNB), basicamente, e bancos do Brasil (BB), para que volte à normalidade a questão dos pagamentos. São dados prazos para que os agricultores familiares voltem a pagar. Como é um valor relativamente pequeno por família - subsidiado a 1% e com 25% de rebate -, nós acreditamos que, com a retomada dos pagamentos, o bom conhecimento no âmbito municipal, a ajuda da extensão rural e dos prefeitos, em seis, sete meses, metade desta inadimplência será resolvida.

Qual o critério usado para suspender o pagamento de quem está inadimplente?

Peraci: No âmbito destas pequenas operações do Pronaf, com forte concentração no Grupo B, microcrédito rural no Nordeste, usamos como critério o valor acima de 15% de inadimplência, para que estejam suspensas as operações do Pronaf naquele município. Lembramos que, mesmo neste município com inadimplência acima de 15%, para aqueles agricultores que pegaram crédito e pagaram, as operações continuam normalmente. O que não crescerá naquele município é o tamanho dos empréstimos. Por exemplo, se são mil contratos em um determinando município com inadimplência de agricultores, a localidade continuará com estes mil contratos até que aqueles que não pagaram efetuem o pagamento e, assim, "abram" todo o sistema do município.

Este problema da inadimplência compromete o futuro do Pronaf?

Peraci: Não compromete porque crise de endividamento na agricultura brasileira é, digamos, comum, por conta da agricultura ser uma atividade de risco. Por isso, quando os agricultores enfrentam problemas, eles sinalizam: "governo, não estou conseguindo pagar, colhi bem, mas não estou conseguindo cobrir meus custos, pois os preços estão baixos". Por isso, é um setor que temos que olhar com atenção, prorrogar, às vezes, temos que conceder bônus. Acredito que nos próximos dois anos, com a universalização de políticas de seguro, o Brasil deva descartar o fator dívida de todo o sistema.

Como o agricultor pode contornar a dívida para continuar acessando o Pronaf?

Peraci: Esta é a preocupação do governo federal. Estes dois milhões que acessam o Pronaf têm conforto de prazos ou bônus de pagamento. Por exemplo, nos investimentos Pronaf, o agricultor que pagar em dia, dentro da data de seu vencimento, que vai até julho deste ano, tem a manutenção dos juros em 2% e um bônus que, no grupo C, é de R$ 700,00, mais um bônus de 18% para quem pagar em dia. São estas equalizações que o governo apresenta para facilitar a manutenção, "em dia", dos créditos dos agricultores. FONTE: SAF/MDA



WhatsApp


CONTEÚDOS RELACIONADOS



Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares
SMPW Quadra 01 Conjunto 02 Lote 02
Núcleo Bandeirante/DF
CEP 71.735-102

(61) 2102 2288 | Fax (61) 2102 2299
secretariageral@contag.org.br

Horário de Funcionamento:
8h30 às 12h e 14h às 18h
A CONTAG é filiada à:
Secretarias
Presidência
Vice-presidência e Relações Internacionais
Secretaria Geral
Finanças e Administração
Política Agrária
Política Agrícola
Meio Ambiente
Políticas Sociais
Formação e Organização Sindical
Mulheres Trabalhadoras Rurais
Jovens Trabalhadores(as) Rurais
Trabalhadores(as) da Terceira Idade
Comunicação
Política Nacional de Comunicação
A Assessoria de Comunicação
Comunicação Visual
Bandeiras de luta
Fortalecimento da Agricultura Familiar
Acesso à terra e reforma agrária
Políticas públicas estruturantes
Políticas Sociais para o meio rural
Paridade de gênero
Sucessão Rural
Fortalecimento dos sujeitos do campo, floresta e águas
Agroecologia
Preservação e conservação ambiental
Combate à violência no campo
Direitos dos Assalariados/as Rurais
Mobilizações
Grito da Terra Brasil
Marcha das Margaridas
Festival Nacional da Juventude Rural
Festival Juventude Rural Conectada
Encontro Nacional de Formação (ENAFOR)
Plenária Nacional da Terceira Idade
Sistemas
SisCONTAG
ARRECADAÇÃO
GUIAS E CONTRIBUIÇÕES
WEBMAIL
SISTEMA DE EVENTOS
INTRANET
JOVEM SABER
JOVEM SABER (Novo)
LEGISLATIVO
EDITAIS
REFORMA AGRÁRIA
Campanhas Institucionais
Campanha Nacional de Sindicalização – Sindicato de Portas Abertas
Reforma Agrária: nossa luta vale a pena
Década da Agricultura Familiar
Raízes se formam no campo – Educação Pública e do Campo é um direito nosso
Campanha contra a Grilagem
Em defesa da Previdência Social Rural
Plano Sustentar
Cuidados com o Coronavírus
Campanha pela Divisão Justa do Trabalho Doméstico