Norberto Ortigara recebeu diretoria executiva da Fetaep na última terça-feira, dia 1° A diretoria executiva da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Paraná (Fetaep) saiu satisfeita da primeira agenda do ano com o novo secretário da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, Norberto Ortigara, realizada na última terça-feira (dia 01). Em uma visita de cortesia ao secretário, os dirigentes sindicais – Ademir Mueller, Mário Plefk, Jairo Correa, Aristeu Ribeiro, Mercedes Demore e Marcos Brambilla – salientaram pontos importantes para a manutenção de algumas parcerias com o governo do Estado e também debateram algumas políticas públicas necessárias aos trabalhadores rurais. Ortigara concordou com vários quesitos levantados pela Fetaep, demonstrando estar em sintonia com os anseios dos trabalhadores e trabalhadoras rurais. “Saímos satisfeitos e confiantes em sua gestão, principalmente pelo fato de Norberto não ser político e sim uma pessoa da área agrícola que compreende as necessidades da classe”, comentou o presidente da Fetaep, Ademir Mueller. Após ouvir as considerações da Fetaep, Norberto disse que irá averiguar os fatos trazidos e já adiantou que se for preciso mexer em comandos fará com toda a certeza. “A política tem que se adequar à realidade daquele que precisa e não seguir a ideologia daquele que gere”, destacou o secretário. Quanto às demandas que cabem consulta ao governador, Ortigara se comprometeu a levar ao conhecimento de Beto Richa. Entre elas, o convidará para participar da próxima assembleia da Fetaep, no dia 25 de fevereiro - quando deverão se reunir mais de 100 dirigentes sindicais do interior do Paraná na Federação. Demandas da Fetaep Dentre os pontos debatidos durante o encontro, que durou pouco mais de uma hora, Ademir Mueller ressaltou a importância da manutenção da parceria com a Emater, que atualmente disponibiliza 11 técnicos que atendem às demandas das 10 regionais da Federação e também da própria sede, em Curitiba. “Esses profissionais nos assessoram em diversos temas relacionados ao setor rural e a atuação deles tem ajudado em muito na construção de políticas voltadas aos trabalhadores”, comentou. A Fetaep também levou ao conhecimento de Ortigara alguns problemas que vem enfrentando com relação ao crédito fundiário. “Estamos sentindo que algumas esferas envolvidas com a concessão do crédito estão tentando bloquear a ação da Fetaep devido algumas divergências ideológicas”, informou Mueller. Para a Fetaep, continuou ele, os trabalhadores que querem terra para trabalhar devem ter um projeto de vida de permanência no campo e, um dos meios mais viáveis para isso, é a política de crédito fundiário. “No entanto, o trâmite para a concessão do benefício tem sido excessivamente burocrático e demorado – o que tem prejudicado a aquisição de terras por parte dos trabalhadores rurais”, alega. Outra questão levantada pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura foi o excesso de participantes que atuam no Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Cedraf) e da pouca representatividade que é dada às entidades do meio rural. “Percebemos entidades com pouca representação com muito espaço, enquanto outras de maior porte com direito a apenas uma vaga”, salientou. A Fetaep propôs ao secretário que leve o equilíbrio ao Cedraf. Informes da Seab Ortigara afirmou que os programas como o crédito fundiário, o fundo de aval e o trator solidário serão ampliados, como no caso da subvenção ao prêmio do seguro rural. A intenção do governo do Estado é estendê-la também para o milho. Atualmente, o trigo recebe essa subvenção por parte do governo estadual, que complementa a subvenção dada pelo governo federal. “À medida que o governo federal ampliar a subvenção, vamos acompanhá-lo” afirmou o secretário. “O Fundo de Aval e os financiamentos ao agricultor pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) terão continuidade”. FONTE: Comunicação da Fetaep