A juventude rural foi uma das protagonistas no ano de 2010. Além de se engajarem na mobilização em torno do processo eleitoral e de movimentos de massa, como o GTB, os jovens realizaram mais uma edição do Festival Nacional da Juventude. A movimentação no Congresso Nacional em torno do Projeto de Lei Complementar que tratam da compra de terra entre irmãos pelo Crédito Fundiário foi um dos momentos marcantes para a juventude rural no ano de 2010. O segmento intensificou o debate junto a parlamentares no sentido de sensibilizá-los para a importância dos temas, mas a discussão maior, com aprovação das matérias, ficou para 2011. Outro grande acontecimento que envolveu todo o sistema Contag foi o Segundo Festival Nacional da Juventude Rural, ocorrido em julho. “Fizemos um grande debate no país sobre o tema da sucessão rural, buscando discutir os problemas que são enfrentados pela juventude e também apontando alternativas para superar esse problema”, lembrou a secretária da pasta, Elenice Anastácio. Além da aprovação do projeto sobre compra de terra entre irmãos, a sindicalista também prevê para 2011 um trabalho intenso em cima da aprovação do Estatuto e o Plano Nacional da Juventude. Elenice recorda a articulação dos jovens em ações da Contag e as principais dificuldades ocorridas durante o ano que passou. “Fomos presença massiva e qualificada dentro dos espaços do Grito da Terra, tanto nacional quanto nos estados, com nossa capacidade de articulação e de proposição apresentadas para mudar a vida da juventude no campo, apesar de a gente não ter tido respostas satisfatórias do governo, principalmente no que diz respeito ao Pronaf jovem”, lembra a sindicalista. “O difícil acesso de jovens a essa linha de crédito ainda persiste e a SAF não consegue nos dar resposta favoráveis, ao atrelar na dívida do pai aos filhos, por se tratar da DAP familiar’’, lamenta a dirigente. Sobre a colaboração dos jovens nas eleições, Elenice foi categórica em afirmar que, no campo, foram as mulheres e a juventude que lideraram com afinco essa proposta de dar continuidade ao governo Lula e as boas expectativas em relação a administração de Dilma Roussef. “As políticas e programas de juventude que o governo Lula inaugurou, que eles, de fato, continuem, e, principalmente, que o Projovem Trabalhador para o campo saia do papel, porque ele está trancado dentro do Ministério do Trabalho sob a alegação de que não há recursos”, protestou a secretária. FONTE: Agência Contag de Notícias