No dia 25 de maio é celebrado o Dia do Trabalhador e Trabalhadora Rural. Data que reforça a necessidade de que a agricultura familiar seja mais valorizada, com mais orçamento, políticas públicas estruturantes e com a resolução de questões emergenciais.
Segundo os dados do IBGE, a agricultura familiar brasileira é a 8ª maior produtora de alimentos do mundo, responde por 23% do valor bruto da produção agropecuária e por 67% das ocupações no campo, contribuindo significativamente com a produção de alimentos saudáveis, a dinamização econômica, cultural e preservação ambiental do País.
“A produção de alimentos pelos agricultores e agricultoras familiares é extremamente importante para a garantia de alimentação saudável para a população e para a conservação ambiental. Nós alimentamos o Brasil e precisamos de condições dignas para continuar produzindo. No Grito da Terra Brasil entregamos uma pauta, obtivemos muitos avanços e estamos aguardando o posicionamento do Governo Federal sobre outras questões pendentes, como o anúncio do Plano Safra com a redução da taxa de juros, aumento do orçamento e melhor cobertura do Proagro, por exemplo”, destaca o presidente da CONTAG, Aristides Santos.
Mesmo diante da relevância social, econômica e ambiental dos 3,9 milhões de estabelecimentos da agricultura familiar, existem ainda 1,7 milhão de famílias que produzem basicamente para o autoconsumo. São essas famílias que vivem as piores condições de acesso à terra, água, renda, infraestrutura, esporte, cultura, lazer, previdência social, moradia digna, saneamento básico, educação, equipamentos e serviços de saúde pública, tecnologias de informação e comunicação. Tais condições são ainda mais agravantes para as mulheres.
As trabalhadoras rurais foram bastante impactadas nos últimos anos, com dificuldades para acessar as políticas públicas e também com o aumento da violência. “Todos esses desafios são presentes na vida das mulheres e fizeram parte da pauta da Marcha das Margaridas. Avançamos nas nossas negociações e na mobilização com mais de 100 mil mulheres do campo, da floresta e das águas, em Brasília. Mas, seguiremos unidas e as margaridas continuarão em marcha por um mundo livre de violência, pela agroecologia, pela autonomia econômica, pela inclusão produtiva, pelo acesso à terra e aos recursos naturais, contra o racismo, a desigualdade social, o machismo, entre outras bandeiras importantes nessa busca por um país justo e igualitário para todas as pessoas”, destaca a secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da CONTAG, Mazé Morais.
Para a CONTAG, a melhor forma de homenagear o trabalhador e a trabalhadora rural pelo seu dia é fortalecer, ainda mais, a luta por mais direitos, dignidade, conservação ambiental e orçamento para produção de alimentos saudáveis.
Seguimos em luta e viva os trabalhadores e as trabalhadoras rurais!
Por Malu Souza / Comunicação CONTAG