O reajuste do salário mínimo teve impacto positivo no piso salarial do trabalhador e trabalhadora rural do setor canavieiro. Os assalariados e assalariadas passam a receber R$ 477, reajuste de 3,92%. É o melhor piso da Região Nordeste.
De acordo com o secretário de Organização e Formação da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura de Alagoas (Fetag/AL), Antônio Torres, o reajuste do trabalhador da Zona Canavieira já estava previsto no parágrafo primeiro da Convenção Coletiva de Trabalho. O documento estabelece o salário mínimo da categoria em R$ 459.
"Segundo a Convenção, caso o salário mínimo do governo se igualasse ou ultrapasse o salário dos canavieiros, seria dado o reajuste de um piso/garantia extra de R$ 12 acima do mínimo determinado pelo governo federal. Foi justamente o que aconteceu", frisou Antônio Torres.
O novo salário da categoria entrou em vigor no dia 1º de fevereiro, a exemplo do salário mínimo do governo federal. Os valores das tabelas de tarefa também tiveram reajuste provocado pelo aumento do mínimo. Os valores pagos nas tabelas variam de acordo com o serviço utilizado no corte da cana (crua, queimada, queimada amarrada e queimada solta).
"O reajuste deve gerar certo desconforto entre os empresários do setor sucroenergético alagoano. Porém, não temos dúvida de que irão honrar com o compromisso e reajustarão os salários dos trabalhadores rurais", informou o dirigente.
O novo mínimo do governo federal é de R$ 465. FONTE: Fetag/AL