Para debater sobre a conjuntura, pactuar as linhas políticas e definir o calendário de construção da 6ª Marcha das Margaridas, acontece nesta quinta-feira (15) e sexta-feira(16), no centro de Formação da CONTAG, em Brasília-DF, a reunião da Coordenação Executiva da 6ª Marcha das Margaridas. A secretária de Mulheres da CONTAG, Mazé Morais, destacou em sua fala a importância do 8 de Março – Dia Internacional da Mulher, como uma data estratégica do caminhar da 6ª Marcha das Margaridas, em luta eresistência por democracia e garantia de direitos. “Convidamos todas vocês a fazer do Dia Internacional da Mulher, uma data em defesa da previdência social; pela democracia e protagonismo das mulheres na política; pela vida das mulheres e contra todas as formas de violência. Será um dia para mostrarmos ao povo brasileiro que nós seguimos em Marcha e unidas por um País com igualdades e com garantia dos nossos direitos. A luta continua!”, Mazé Morais, secretária de Mulheres da CONTAG.
Contribuem com o debate, dirigentes das Federações que integram o sistema CONTAG, além de representantes da CUT, da CTB, da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), entre outras organizações de mulheres do Brasil.
NOSSA HISTÓRIA A Marcha das Margaridas é uma ação estratégica das mulheres do campo, da floresta e das águas que integra a agenda permanente do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) e de movimentos feministas e de mulheres do Brasil. Realizada a partir do ano 2000, no mês de agosto, tem revelado grande capacidade de organização e mobilização. Seu caráter formativo, de denúncia e pressão, mas também de proposição, diálogo e negociação política com o Estado, tornou-a amplamente reconhecida como a maior e mais efetiva ação das mulheres no Brasil. O mês de agosto foi escolhido para realizar a Marcha, por ter sido neste mês, precisamente, no dia 12 de agosto de 1983, que ocorreu o brutal assassinato de Margarida Maria Alves (1943 –1983). Margarida Maria Alves era trabalhadora rural. Tinha 40 anos, casada, mãe de dois filhos e, rompendo com padrões tradicionais de gênero, ocupou, por 12 anos, a presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba. A líder sindical incentivava as trabalhadoras e trabalhadores rurais a buscarem na justiça a garantia de seus direitos, protegidas(os) pela legislação trabalhista. OBJETIVOS MARCHA DAS MARGARIDAS • Fortalecer e ampliar a organização, mobilização e formação sindical e feminista das mulheres trabalhadoras rurais; • Reafirmar o protagonismo e dar visibilidade à contribuição econômica, política e social das mulheres do campo, da floresta e das águas na construção de um novo processo de desenvolvimento rural voltado para a sustentabilidade da vida humana e do meio ambiente; • Apresentar, através de proposições, nossa crítica ao modelo de desenvolvimento hegemônico a partir de uma perspectiva feminista; • Contribuir para a democratização das relações sociais no MSTTR e nos demais espaços políticos, visando a superação das desigualdades de gênero e étnico-raciais; • Protestar contra as causas estruturantes da insegurança alimentar e nutricional que precisam ser enfrentados para a garantia do direito humano à alimentação adequada e da soberania alimentar. • Denunciar e lutar contra todas as formas de violência, exploração e discriminação contra as mulheres, no sentido da construção da igualdade; • Atualizar e qualificar a pauta de negociações, propondo e negociando políticas públicas para as mulheres do campo, da floresta e das águas, considerando as suas especificidades. • Lutar pelo aperfeiçoamento e consolidação das políticas públicas voltadas às mulheres do campo, da floresta e das águas desde a esfera municipal, estadual e federal, contribuindo para que elas incidam no cotidiano. FONTE: Comunicação CONTAG- Barack Fernandes, com informações na Coordenação Executiva da 6ª Marcha das Margaridas