Representantes dos produtores de tabaco de SC, PR e RS deram continuidade nesta quarta-feira (21), na sede da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de SC (Fetaesc) a reunião para negociar com as indústrias fumageiras o preço do tabaco para a safra 2012/13. Os representantes das indústrias apresentaram hoje suas propostas para os integrantes da Comissão Interestadual de Tabaco (Fetaesc, Faesc, Fetag-RS, Farsul, Fetaep-PR, Faep e Afubra), produtores. A Souza Cruz apresentou a variação do custo de produção de 8,1% e proposta de aumento de preço na tabela de 6,4%. A JTI apresentou variação de 6,8% e propôs aumento de preço na tabela de 6,0%. Philip Morris, Aliance One, China Brasil e Universal Leaf Tabaco não apresentaram propostas. No entanto, não houve acordo entre indústrias e produtores, pois para os agricultores as propostas apresentadas ainda estão muito distantes da variação do custo de produção levantado pela categoria que ficou em 9,6%. Os produtores saíram do encontro decepcionados com a falta de valorização das empresas com o setor, pois, o discurso habitual das mesmas se contradiz. “Falam em valorização do produtor, mas na hora de remunerar não são justos”, afirmam os produtores. A representação dos produtores está insatisfeita com as remunerações pagas pelas indústrias. “Queremos chegar a um valor justo, que cubra os custos e também dê algum lucro para os nossos agricultores e que não beneficie somente as empresas”, declararam os representantes das entidades dos produtores. O cultivo de fumo é determinante para a agricultura familiar nos três estados do Sul. Por esta razão, além dos valores serem importantes para o mercado, certamente contribuirão para movimentar a economia dos três Estados neste final de ano. O acordo final será fechado no dia 03 de dezembro, em Porto Alegre, na sede da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS. Produção de tabaco no Brasil A produção de tabaco no Brasil é responsável pelo sustento de mais de 168 mil famílias do meio rural e a cultura que oferece os melhores índices de rentabilidade. “São cerca de 260 mil empregos gerados diretamente no campo, que acreditamos que, se extintos, dificultariam a permanência do homem no campo, levando ao êxodo desordenado e a uma possível “favelização” rural e urbana”, destaca José Walter Dresch, presidente da Fetaesc. Cenário Nacional O tabaco brasileiro é o 3º produto agrícola da pauta de exportações primárias brasileiras. Também é o 6º produto mais exportado do agronegócio brasileiro e o 2º da pauta de exportações do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. No entanto, mesmo com toda esta relevância econômica, a produção é ameaçada por constantes medidas restritivas. O setor já sofreu com os impactos de medidas como a proibição do uso de ingredientes na fabricação de cigarros, como por exemplo, o uso de aromatizante. FONTE: Assessoria de Imprensa FETAESC - Graziella Itamaro