A nova diretoria e conselho fiscal da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina (Fetaesc), eleitos em dezembro de 2019, tomaram posse na sexta-feira (31), na sede da Federação, em São José. Com quatro anos de mandato, a gestão será de janeiro de 2020 a janeiro de 2024.
Composta por 24 membros, a diretoria executiva conta com presidente, vice-presidente, secretário geral, 1º secretário, tesoureira geral, 1º tesoureiro, coordenadora de Mulheres, coordenadora de Jovens, coordenadora da Terceira Idade e seus respectivos suplentes. Já o Conselho Fiscal é formado por três dirigentes sindicais e três suplentes.
Segundo o presidente reeleito, José Walter Dresch, a Fetaesc precisa fortalecer as ações de capacitação, treinamento e orientações para as lideranças sindicais para incentivá-las e motivá-las a retomarem a vontade de fazer sindicalismo, que tem sido deixado de lado devido ao atual cenário político brasileiro. Este é o momento de reconstruirmos o Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR), unindo forças para buscar novas políticas públicas já conquistadas, garantindo direitos e qualidade de vida aos homens e mulheres do campo, salienta Dresch.
Na ocasião, o presidente ressaltou ainda que nos últimos meses, a classe trabalhadora rural perdeu muitos benefícios conquistados por meio do Movimento Sindical com muito esforço, trabalho e dedicação. Perdemos a habitação rural, o crédito rural vem menor e com juros maiores, recursos para algumas linhas de crédito já estão faltando, subsídios na energia elétrica que estão passando por uma fase de recadastramento, além de diversas demandas retiradas dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, que impedem o auxílio e ajuda aos agricultores, explica.
A nova diretoria da Fetaesc empossada assumiu o compromisso de dar continuidade ao trabalho e ampliar as oportunidades que garantem condições dignas às famílias agricultoras de Santa Catarina. O objetivo da Federação Catarinense é transformar a classe trabalhadora em agricultores preparados, esclarecidos e capacitados para exercer a profissão de forma eficaz e eficiente, atendendo as demandas do mercado, que tem se tornado cada vez mais competitivo e injusto, e gerando emprego e renda.
Para fortalecer ainda mais as ações da entidade que está presente em 214 municípios catarinenses por meio de Sindicatos dos Trabalhadores (as) Rurais e Agricultores (as) Familiares e extensões de base, a Fetaesc conta com a parceria de entidades renomadas como o Senar/SC; cooperativas agrícolas e de crédito; instituições financeiras e de ensino; prefeitos; vereadores e secretários de agricultura dos municípios para que a sociedade entenda o verdadeiro papel que o sindicalismo exerceu ao longo dos últimos anos.
Participaram da cerimônia de posse o vice-presidente da Contag, Alberto Ercílio Broch; o presidente da Fetaep, Marcos Brambilla; o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva; o presidente do Sistema FAESC/SENAR, José Zeferino Pedrozo; a presidente da Epagri, Edilene Steinwandter; o superintendente da OCESC, Neivo Luiz Panho; o tesoureiro da Afubra, Marcilio Laurindo Drescher; a deputada estadual Paulinha; demais autoridades; lideranças sindicais e municipais; representantes das 17 microrregiões catarinenses; colaboradores, parceiros, técnicos, agricultores e familiares.
FETAESC
Desde a criação, em 1968, a Federação Catarinense é responsável por representar, organizar e integrar as famílias agricultoras do Estado. Em toda a trajetória de 51 anos de lutas, reivindicações e conquistas, a Fetaesc tem trabalhado com inúmeras ações, atividades, programas e projetos para garantir direitos, condições dignas de trabalho e proporcionar mais qualidade de vida aos homens e mulheres do campo.
Durante as cinco décadas de história, a maior conquista da Federação é o fortalecimento e a valorização dos 164 mil estabelecimentos rurais de Santa Catarina que atuam em diversas produções agrícolas: cebola, arroz, milho, leite, tabaco, suíno, aves, frutas e hortaliças. Os estabelecimentos rurais ocupam 1.1% do território brasileiro, sendo que 90% são agricultores familiares, responsáveis por 70% dos alimentos que chegam às mesas da população todos os dias.
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