No último dia de Jornada das Margaridas, as mulheres realizaram mais audiências na parte da tarde. Recebidas pelo diretor da Secretaria de Programas Regionais do Ministério da Integração Nacional, Walber Santana, elas levaram para discussão a questão dos Quintais Produtivos, uma demanda da Jornada que une a defesa à soberania alimentar e nutricional e a autonomia econômica, trabalho e renda das mulheres. Os quintais produtivos são estruturas que podem unir diversas produções de frutas, verduras e legumes em um mesmo espaço, além de criação de animais, que podem se alimentar das sobras das produções e produzir adubo, gerando um ciclo produtivo sustentável. O objetivo da reunião era negociar apoio do Ministério para implantação dos quintais produtivos em propriedades em todos os estados brasileiros, com toda a infraestrutura e assistência técnica que eles precisam para total aproveitamento da produção. Diante da demanda, o diretor Walber explicou algumas questões estruturantes e orçamentárias que fazem parte da implantação do quintal produtivo nas propriedades, e sinalizou que o Ministério pode contribuir, em parceria com outras entidades que tenham interesse em trabalhar com projetos ligados à terra, como institutos e universidades. Diante dessa perspectiva, dirigentes e o diretor debateram possíveis caminhos a serem seguidos para a execução dos projetos de Quintais. Alguns estados já trabalham com quintais produtivos nas propriedades, porém não há investimento governamental. “Na região Norte já temos quintais que produzem frutas e verduras, mas que trabalham sem recursos. Com o apoio do Ministério, vamos poder aprimorar as estruturas, como irrigação, por exemplo, e assistência técnica, pois muita gente produz errado por falta de orientação”, explica Maria do Rosário, da Federação do Amazonas. E completa: “Vai melhorar muito, principalmente na qualificação da produção, promovendo até mesmo impacto na renda, pois quando se produz com mais qualidade, a venda é melhor”. “Em Goiás também temos produção em quintais. Os recursos vão ajudar a alavancar a produção e comercialização dos produtos que elas já trabalham”, conclui Sandra Alves, da Federação de Goiás. As Margaridas que participaram avaliaram positivamente a reunião. “Foi muito produtivo, pois tiramos encaminhamentos para trabalhar nos estados. Agora vamos identificar as demandas para levar ao Ministério” diz Maria Aparecida da Silva, da Federação de Alagoas. FONTE: Imprensa CONTAG - Gabriella Avila