Os principais problemas relacionados à questão da terra e dos recursos naturais nos países da América Latina e do Caribe são foco dos debates nos Grupos de Trabalho da Conferência Regional da Sociedade Civil que está sendo realizada na sede da Contag, em Brasília. Setenta e duas entidades com luta voltada para o campo participam do evento, representando 18 países da América Latina e Caribe: Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Uruguai, Paraguai, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Nicarágua, México, Costa Rica, Guatemala, Panamá, República Dominicana, Haiti e Honduras. A conferência da sociedade civil se estenderá até quarta-feira (19) e antecede a conferência oficial que a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) realizará nos próximos dias 20 e 21, no Itamaraty, com representantes desses países. Grupos de trabalho foram divididos por setores de lutas no campo, com seus respectivos(as) relatores(as): campesinos(as) – Fausto Torres (Nicarágua), assalariados(as) rurais – Sandra Bello (Colômbia), povos indígenas – Teobaldo Hernández (Panamá), pescadores(as) artesanais – Cairo Laguna (Nicarágua), Mulheres – Loyda Olivos (Equador) e Jovens – Walquer Chujutalli (Peru). A vice-presidente e secretária de Relações Internacionais da Contag e secretária-geral da Confederação de Produtores Familiares, Campesinos e Indígenas do Mercosul Ampliado (Coprofram), Alessandra Lunas, explica que este é o momento de ouvir a sociedade civil sobre luta pela reforma agrária, pelo acesso à terra e a questão dos recursos naturais. “Neste primeiro momento estamos refletindo sobre tudo isso, identificando quais os problemas, nossas preocupações e proposições, a fim de elaborar um documento a partir do qual a FAO possa fazer um diálogo na conferência oficial com os representantes dos governos”, destacou Alessandra. Reforma Agrária – No caso da Contag, especificamente, Alessandra Lunas, disse que a entidade está socializando com outras entidades “as nossas preocupações com relação à luta pela reforma agrária, à estrangeirização da terra, entre outras questões que fazem parte da agenda política do nosso movimento sindical”. A secretária ressaltou que a Contag está sediando este evento internacional porque a entidade, por meio de seu presidente, Alberto Broch, responde pelo Comitê Internacional de Planificação (CIP), que é um braço operativo da FAO para cada região do planeta. A Contag é o CIP Regional América Latina e Caribe, que tem como ponto focal os(as) assalariados(as) rurais. FONTE: Gil Maranhão, Agência Contag de Notícias