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ENTREVISTA
Qual é o papel da mulher no MSTTR?
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18 de Agosto de 2014

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entrevista



A secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da Contag, Alessandra Lunas, foi convidada pela Comissão Estadual de Mulheres Trabalhadoras Rurais (CEMTR) da Fetag para fazer a palestra de abertura do 8° Encontro Estadual de Mulheres Dirigentes Sindicais.

Alessandra é dirigente do movimento sindical de trabalhadores e trabalhadoras rurais há 20 anos e com base no estado de Rondônia. Ela vai falar no Encontro sobre O Papel da Mulher na Agricultura Familiar e Políticas Públicas.

Nesta entrevista, Alessandra fala sobre o papel da mulher no campo, em especial agora que se vive O Ano Internacional da Agricultura Familiar, bem como agroecologia, a violência contra a mulher e quintais produtivos.

JORNAL DA FETAG-RS ‐ Na condição de Secretária de Trabalhadoras Rurais da Contag, como você vê a realização do 8° Encontro Estadual de Mulheres Dirigentes Sindicais, cujo lema é Inserção da Mulher na Agricultura Familiar?

Alessandra Lunas ‐ Considero a realização do 8° Encontro Estadual de Mulheres Dirigentes Sindicais uma oportunidade fundamental para iniciar o balanço das questões que avançamos, bem como os desafios ainda existentes no sentido de analisar as reais condições que se encontram a visibilidade da participação das mulheres na agricultura familiar, como e que políticas estão de fato fortalecendo o trabalho e renda das famílias a partir do trabalho das mulheres, além do fortalecimento de sua autonomia econômica.

JORNAL DA FETAG-RS ‐ Com está o papel da mulher na agricultura familiar, em especial neste 2014 – Ano Internacional da Agricultura Familiar?

Alessandra ‐ Esta avaliação cumpre um papel importantíssimo neste ano, momento que mundialmente nos mobilizamos conjuntamente enquanto organizações do campo, numa agenda conjunta frente ao Ano Internacional da Agricultura Familiar, para a incidência junto aos governos, sejam eles locais, estaduais, nacionais ou em espaços mundiais, a fim de pressionar os governantes pela importância do reconhecimento do papel da agricultura familiar na garantia da soberania alimentar mundial.

JORNAL DA FETAG-RS ‐ Como a Contag está trabalhando a Agroecologia e os Quintais Produtivos em termos de políticas públicas?

Alessandra ‐ Dar visibilidade a participação das mulheres neste processo, bem como quais suas necessidades como produtoras de alimentos, como guardiãs da biodiversidade, das sementes, e de um modelo de desenvolvimento no campo com maior sustentabilidade, por meio do fortalecimento da agroecologia, como forma de garantia de alimentos saudáveis não apenas nas mesas de suas famílias, mas também como um direito humano. Neste sentido, fortalecer os espaços de produção de alimentos, ainda que de pequena escala, são fundamentais, a exemplo dos quintais produtivos que, historicamente, têm sido espaços onde as mulheres cultivam e guardam milenarmente saberes, formas de produção em perfeita harmonia com a sustentabilidade ambiental, mostrando que é possível produzir sem o uso de agrotóxicos, a partir de um ambiente equilibrado. Além desta importância, sabemos que os quintais produtivos garantem significativa parcela da renda das famílias, com onde são comercializadas, além de garantir a segurança alimentar de toda a família.

JORNAL DA FETAG-RS ‐ A produção de alimentos saudáveis e, consequentemente, livres de agrotóxicos tem sido difundidos pela Contag e suas Federações. Essa é uma tendência e até mesmo uma exigência de mercado?

Alessandra ‐ Este trabalho importantíssimo desenvolvido pelas mulheres raramente são reconhecidos, nem tampouco apoiados pelas políticas públicas, que no caso da maioria das mulheres precisa ser por meio de transferência de renda pelo menos para ser dado o primeiro passo para agregação de valor, trocas de experiências, assistência técnica específica voltada à produção agroecológica, etc. Esta tem sido nossa cobrança junto ao governo federal, compreendendo que muitas das mulheres agricultoras familiares não têm condições de diretamente acessar ao crédito sem antes ter apoio para os primeiros passos, de maneira individual ou coletiva por meio do fomento, potencializando diretamente os grupos de mulheres. Sabemos que diversas políticas que visam fortalecer a autonomia, justiça, igualdade e liberdade no campo vêm sendo pautadas de maneira intensa pela Marcha das Margaridas que, em 2015, estará em sua 5ª edição. Resultados destes processos de mobilização e negociação de políticas públicas, além da reafirmação política das mulheres rurais, muitas conquistas têm sido efetivadas a exemplo do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica ‐ PLANAPO, e as Unidades Móveis de enfrentamento à violência contra as mulheres do campo e da floresta são exemplos de demandas trazidas pelas mulheres em suas reivindicações e hoje em implementação.

JORNAL DA FETAG-RS ‐ O que é preciso para as políticas públicas de fato acontecerem?

Alessandra ‐ Ainda são grandes os desafios para que estas políticas possam efetivamente acontecer na vida das mulheres. É preciso estabelecer um diálogo permanente com os governos estaduais e mais fortemente no âmbito municipal a fim de que possamos ter mais compromissos de prefeitos e demais autoridades locais com a implementação de políticas públicas para mulheres.

JORNAL DA FETAG-RS ‐ A Marcha das Margaridas mobilizaram milhares de mulheres desde sua primeira edição. Ela está confirmada para o ano que vem?

Alessandra ‐ Sim, em 2015, as Margaridas irão marchar desde o município, estados e também em nível nacional, lutando pela garantia de vida digna a todas as mulheres do campo. As Margaridas seguem em marcha por desenvolvimento sustentável com justiça, autonomia, igualdade e liberdade. FONTE: Assessoria de Comunicação da FETAG-RS - Luiz Fernando Boaz



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